MPF pede inelegibilidade de Hildon Chaves, Maurício Carvalho, Expedito JR. e outros 26 por abuso do poder econômico

MPF pede inelegibilidade de Hildon Chaves, Maurício Carvalho, Expedito JR. e outros 26 por abuso do poder econômico

O Ministério Público Eleitoral entrou com uma representação na Justiça Eleitoral a fim de declarar a inelegibilidade por 8 anos, além da cassação do registro do ex-candidato ao Governo Expedito Junior, além do prefeito Hildon Chaves e do vereador Maurício Carvalho (ex-presidente da Câmara Municipal) e outros 26 agentes públicos, pela prática de abuso do poder
político e econômico nas eleições de 2018. 

Segundo a denúncia do procurador regional eleitoral Luiz Gustavo Mantovani, os acusados arregimentaram-se utilizando a Prefeitura de Porto Velho na campanha eleitoral de Expedito Júnior para elegê-lo governador, inclusive o banco de dados do Município e mão-de-obra de cargos comissionados. Os outros 26 acusados são ou foram secretários municipais da atual administração tucana em Porto Velho. 

Além de Expedito, Maurício e Hildon Chaves foram denunciados o ex-secretário e coordenador de campanha Guilherme Erse, Valéria Jovânia, Thiago Tezzari (Emdur), Robson Damasceno (Sema), Alvaro Mendonça (adjunto da Semad), Patrícia Damico Cruz, Márcia Luna (Semur), Altair Caetano, Alexey Cunha (Semad), Claudinaldo Leão, Cesar Licório (Semed), Diego Lage, Wellen Prestes (Semusb), Gerson Costa (Comunicação), Antônio Ocampo (Funcultural), Sara Vieira dos Santos, Rosineide Kempim, Carlos Henrique da Costa (Semtran), Marcus Vinícius de Oliveira Costa, Euzébio Novaes (Semdestur), Noel Leite da Silva (IPAM), Maicon Cristoffer Ribeiro Gonçalves (SGP), Luiz Fernando Martins, Marcelo Silva dos Santos e Boris Alexander Gonçalves (Controladoria-Geral). 

As denúncias ainda dão conta de outras irregularidades como a não declaração na prestação de contas do candidato, caracterizando grave violação à legislação eleitoral consistente na omissão de elevado valor de receitas oriundas de serviços estimáveis em dinheiro. Segundo o MPF, há denúncias de que vários servidores ainda estavam sendo obrigados a adesivar seus veículos com a propaganda de Expedito Júnior, durante uma reunião ocorrida no clube Kabana´s. O evento foi conformado pela própria equipe de segurança da eleição. 

Veja o que diz a denúncia sobre esse episódio: 

“[…] Chegando ao Kabana’s, logo verificou-se uma enorme quantidade de
veículos que lotavam o estacionamento do clube e as ruas adjacentes e também várias pessoas a serviço do referido candidato que faziam a plotagem de todos os carros que ali chegavam, inclusive a viatura utilizada pela equipe de inteligência.

No interior do clube havia uma grande aglomeração de apoiadores que estavam aguardando o início da reunião e a presença do prefeito Hildon. Ao microfone no palanque estava Guilherme Erse, fazendo as vezes de cabo eleitoral de Expedito e anunciando as demais presenças influentes do evento, como por exemplo: César Licório, secretário da SEMED; Tiago Tezari, diretor da EMDUR; Allan Queiroz, vereador e Lindomar Garçom, deputado federal. Foram apresentadas por Guilherme Erse ao público presente algumas propostas de Expedito Júnior e com a chegada do prefeito Hildon foi lhe passada a palavra. Falou do seu apoio à candidatura de Expedito ao governo do estado de Rondônia e afirmou que a prefeitura está à disposição dele para sua campanha”.

Outro fato que faz parte da extensa denúncia de ilícitos foram as duas portarias que reduziram o horário de expediente dos servidores da Semusb e da Secretaria Geral de Governo, propositadamente para que esses servidores trabalhassem na panfletagem da campanha de Expedito. Em outra denúncia, há a realização do evento da primeira dama Ieda Chaves no Parque dos Tanques (projeto Criando Laços) com o sorteio de 600 bicicletas, com a participação de quase todas as secretarias, por isso a denúncia dos secretários na Representação. 

“Observa-se que o evento promovido pela Prefeitura de Porto Velho,
em plena campanha eleitoral de segundo turno, para o qual foram gastos recursos públicos, com utilização de material e de pessoal do município, favoreceu, ainda que
indiretamente, a imagem do candidato EXPEDITO JÚNIOR”, diz  o procurador. 

No dia 28 de outubro, dia das eleições, a PF realizou uma operação na casa do secretário Wellen Prestes e de Guilherme Erse, apreendendo vários objetos como celulares, notebooks, e descobriu em um dos aparelhos o gerenciamento do ´GRUPO DE GERENCIAMENTO´ criado com o fim específico de gerenciar a campanha de Expedito Júnior. Desse grupo de whatsapp participam todos os denunciados, o alto clero da administração Hildon Chaves. 

“O grupo foi criado justamente para que houvesse uma coordenação
dos trabalhos, cabendo aos secretários reunir servidores públicos de suas secretarias, a maioria comissionados ou com função comissionada, para trabalharem nas ruas, entregando material de campanha, com o objetivo inequívoco de convencer eleitores a votar em EXPEDITO JÚNIOR”, diz a denúncia.

Fonte: Via Rondonia
Publicada em 30 de January de 2019 às 14:50

 

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