
Os sete jurados do julgamento do agente penitenciário William de Azevedo Teodoro foram retirados do Tribunal do Júri, nesta quinta-feira (26), e levados até o local onde o réu estupro e matou Maristela Freitas Alves, em Porto Velho. O crime foi em setembro do ano passado.
Durante o julgamento, o juiz autorizou que os sete jurados, cinco homens e duas mulheres, se deslocassem ao balneário onde a mulher foi encontrada morta, há um ano. A sessão do júri começou na manhã desta quinta-feira, na capital.
Segundo a promotora de acusação do caso, Joice Gushy Azevedo, o objetivo de levar os jurados à cena do crime era fazer com que eles analisassem com maior rigor as circunstâncias do caso.
“Tendo em vista as características que esse crime foi cometido, a distância e as alegações que foram sustentadas pelo acusado, como estratégia da acusação, o Ministério Público requereu o juízo que trouxesse os jurados ao local do crime para que pudessem colher as suas próprias impressões, analisar as circunstâncias do fato, e poder melhor sanar suas dúvidas, formar melhor o seu convencimento no momento de decidirem quanto da análise do fato que será julgado hoje", explicou.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), o deslocamento ocorreu logo após o sorteio dos jurados. Duas paradas foram feitas: a primeira no bar onde a vítima e o réu se conheceram. Já a segunda no local onde Maristela foi encontrada nua e já sem vida na época do crime.
Os jurados seguiram aos locais em uma van. Alem deles, a diligência ao local foi acompanhada pelo magistrado, pelo procurador, pela promotora, por advogados e pelo próprio agente penitenciário.
Após a análise na região, todos retornaram ao plenário da 2 Vara do Tribunal do Júri para dar continuidade ao julgamento. Ainda não há previsão de término. Ate o momento, três testemunhas foram ouvidas. Uma quarta deve prestar depoimento durante a tarde.
Novo júri
William de Azevedo Teodoro havia sido condenado a 26 anos de prisão no dia 2 de maio deste ano. A defesa ingressou com recurso ao TJ-RO pedindo que o julgamento fosse anulado, o que foi acatado pela Justiça sob alegação de que a decisão dos jurados anteriores foi contrária às provas nos autos.
No dia 9 de setembro de 2018, o corpo de Maristela Freitas Alves foi encontrado em um córrego no balneário Rio das Garças. Ela estava nua, com sinais de violência sexual, e de acordo com a Polícia Militar (PM), foram achados pedaços das roupas e manchas de sangue em um barranco.
Os indícios apontavam inicialmente que ela havia sido golpeada na cabeça e depois foi jogada no córrego.
O acusado do crime foi preso temporariamente no dia 20 de setembro, após imagens de câmeras de segurança de um bar mostrarem suspeito e vítima saindo juntos do local.
Segundo as investigações, Willian de Azevedo Teodoro ofereceu carona à vítima, mas ao invés de deixá-la em casa, como havia sido combinado, ele a levou a um balneário. O agente matou a mulher diante da recusa da vítima de manter relações sexuais com ele.
Fonte: G1 RO
Publicada em 26 de September de 2019 às 14:57