Mesmo com o prolongado período de estiagem, é possível cuidar do corpo enquanto são adotadas medidas para economizar esse recurso vital, que é a água
A hidratação é essencial para a manutenção da saúde, especialmente nos períodos mais secos. Mesmo com o prolongado período de estiagem que tem afetado o estado, é possível cuidar do corpo enquanto são adotadas medidas para economizar esse recurso vital, que é a água. Diante dessa realidade, o governo de Rondônia traz orientações à população, com o objetivo de equilibrar a necessidade de manter-se hidratado, garantindo saúde, principalmente das crianças, sem desperdício de água.
De acordo com o pediatra do Hospital Infantil Cosme e Damião, Reginaldo Lourenço, durante o período de baixa umidade, é necessário manter a ingestão de líquidos, com atenção especial aos grupos prioritários, como as crianças. “Para garantir uma boa hidratação infantil, é importante dividir as orientações em dois grupos: crianças em aleitamento materno exclusivo e aquelas que estão se alimentando com sólidos”, destacou.
INSTRUÇÕES
Crianças em aleitamento materno exclusivo: para bebês que estão sendo amamentados exclusivamente, a orientação do pediatra é que as mães aumentem a própria ingestão de líquidos, incluindo água e sucos naturais. Além disso, é recomendável oferecer o peito com maior frequência durante o dia, garantindo que o bebê receba a quantidade adequada de líquidos.
Crianças em fase de alimentação sólida: para crianças que estão se alimentando com sólidos, é fundamental aumentar a ingestão de líquidos, calculando aproximadamente 30 mililitros por quilo de peso por dia, além dos que já consomem. Por exemplo, uma criança de 10 quilos precisaria de cerca de 300 mililitros de líquidos extras diariamente. Esse consumo pode incluir água, água de coco e sucos naturais, evitando sempre refrigerantes. Além disso, frutas ricas em água, como melancia, melão, manga, laranja e mexerica, devem ser incluídas na dieta, assim como alimentos menos secos e com mais caldo.
O pediatra do Hospital Infantil Cosme e Damião ressalta ainda que, mesmo economizando água, é importante monitorar a saúde e identificar sinais de desidratação. “Sintomas como boca seca, sede intensa, tontura, urina escura e cansaço, indicam a necessidade de maior ingestão de líquidos. Nestes casos, aumente o consumo de água, e se os sintomas persistirem, procure atendimento médico, especialmente no caso de idosos, crianças e pessoas ativas.” O pediatra também orienta que, ao identificar qualquer sinal de desidratação, é necessário aumentar a ingestão de água, e se não houver melhora; procurar imediatamente um pronto atendimento, principalmente crianças e idosos.
Para quem pratica atividades físicas, é importante manter a hidratação, principalmente porque na prática desportiva o corpo perde mais água através do suor, o que torna a reposição de líquidos indispensável. Para isso, a ingestão de água antes, durante e após os exercícios se torna primordial. Em tempos de escassez, além de ingerir água, pode-se aumentar a hidratação com sucos naturais e isotônicos caseiros.
QUALIDADE DA ÁGUA
É possível garantir a saúde com uma boa hidratação e, ao mesmo tempo, praticar o uso consciente da água. Pequenas mudanças nos hábitos diários podem fazer uma grande diferença, tanto na preservação da água quanto na manutenção do bem-estar.
A infectologista do Hospital Infantil Cosme e Damião, Antonieta Machado, enfatizou a necessidade de que a população também cuide da qualidade da água, evitando patologias relacionadas à má qualidade desse recurso. “A qualidade da água é um fator a ser considerado na crise hídrica, que ocorre quando a disponibilidade do produto não atende às necessidades de consumo humano em determinada região, podendo gerar o aumento de doenças transmissíveis por água contaminada.”
A infectologista pontuou acerca da necessidade de consumir água potável. “Sempre priorize água de fontes tratadas e confiáveis, evitando beber de fontes abertas que podem estar contaminadas. Além disso, neste período, a utilização de filtros é importante à qualidade da saúde humana.”
USO CONSCIENTE
Alguns fatores contribuem para a crise hídrica, entre os quais: mudanças climáticas, consumo inadequado, falhas estruturais em sistemas de abastecimento e tratamento, má gestão dos recursos hídricos e falta de infraestrutura de abastecimento.
Para enfrentar o cenário, o governo de Rondônia destaca algumas estratégias:
Fonte: Assessoria
Publicada em 20 de September de 2024 às 15:07