
A Câmara Municipal de Porto Velho aprovou na semana passada o projeto que autoriza a Prefeitura a implantar o funcionamento do estacionamento rotativo na capital, mediante o regime de concessão. O objetivo é da maior fluidez em tempo mínimo nas vias, principalmente nos locais centrais e em áreas comerciais da Capital, como na 7 de Setembro, José Amador dos Reis e Jatuarana.
O Edital para a licitação deve ser lançado em breve e a expectativa é que o ordenamento do estacionamento nas vias principais aqueça o comércio, segundo alegam empresários e lojistas. Mas será que só o estacionamento rotativo vai salvar, por exemplo, a falência do antigo Centro Comercial da 7 de Setembro?
É bom que se diga, que a chegada do Sistema Zona Azul será pago, ou seja, mais uma taxa para o contribuinte pagar. Mas há outras questões que vão exigir da Prefeitura e dos próprios comerciantes para salvar a 7 de Setembro, como por exemplo, a revitalização total da região, que está tomada por camelôs, ambulantes, viciados, calçadas ocupadas irregularmente, e principalmente praças tomadas por barracas improvisadas que terminam sendo decisivos na repulsa dos contribuintes à 7 de Setembro.
Essa revitalização passa também pela fachada das lojas que não têm nada de atrativo. O Shopping levou a clientela justamente por essas questões: possui segurança, estacionamento, e lojas que chamam a atenção do público pela organização, glamour, preços atrativos.
Enfim, a salvação do mais antigo comércio da cidade deveria passar por uma repaginada total, não apenas fachada, mas nos artigos que comercializa, melhora na mobilidade e um local em que se possa se frequentar a qualquer hora do dia ou da noite.
O investimento valeria a pena, pois o comércio é um dos setores que mais emprega e gera empregos, não apenas em Porto Velho, mas no País inteiro. É uma mudança de pensamento que vai precisar não apenas de investimento, mas de muita coragem por parte dos lojistas com o apoio do Município e do Estado. Lembrando que bem ali onde começa a 7 de Setembro, temos dois motivos para fazer dela um cartão postal da cidade: lá estão o nosso maior patrimônio histórico, a Madeira-Mamoré, e o antigo prédio do Relógio, onde hoje é a sede do Governo Municipal.
Se não for dessa forma, os comerciantes e os contribuintes vão continuar não se entendendo e reclamando da crise do País, culpando o Governo Federal pela quebra do comércio.
Fonte: VIARONDÔNIA
Publicada em 10 de June de 2019 às 14:48