Câmeras de segurança de hotéis de Brasília flagraram a ação de uma quadrilha formada por travestis nos primeiros meses deste ano. De acordo com as investigações conduzidas pela 5ª Delegacia de Polícia (área central), o grupo marcava encontros nos estabelecimentos de luxo no Setor Hoteleiro Sul, filmava as relações sexuais e, em seguida, espancava e extorquia as vítimas. Uma delas chegou a pagar R$ 22 mil para não ter as fotos divulgadas pelas criminosas.
Os encontros eram agendados a partir de aplicativos de relacionamentos e sites de prostituição. Geralmente, elas agiam em bandos de até quatro pessoas. Enquanto uma atendia o cliente, os demais prestavam auxílio, fazendo fotos e vídeos das cenas de sexo. Ainda dentro do quarto, a vítima era extorquida e, mesmo cooperando, acabava sendo agredida.
Segundo o delegado-chefe da 5ª DP, Gleyson Gomes Mascarenhas, há casos de pessoas que fizeram sucessivos pagamentos para não ter o material revelado. “As investigadas escolhiam quem tinha alto poder aquisitivo, normalmente homens casados que poderiam ceder às pressões”, detalhou.
Há indícios de que a quadrilha chegou ao Distrito Federal no ano passado. A primeira ocorrência, no entanto, só foi registrada na polícia em janeiro deste ano. Na capital federal foram identificadas três vítimas, entre elas médicos.
“Constatamos que elas agiam em diversas regiões como Goiás, São Paulo e Fortaleza. Apesar de as investigadas serem de Goiânia, todas viajavam muito e não mantinham residência fixa”, explicou Mascarenhas.
Fonte: METRÓPOLES
Publicada em 25 de June de 2019 às 15:18