“Dados do IBGE indicam que o gado de leite integra os cinco principais
produtos agropecuários que compõem o PIB do estado, afirmou o presidente
da comissão de agricultura, deputado Cirone Deiró, ao chamar atenção para os
números que demonstram a relevância da atividade leiteira para o
desenvolvimento dos municípios rondonienses.
Cirone Deiró lembrou que a produção do leite em Rondônia surgiu ainda na
década de 70, auge da colonização do estado e atualmente está presente nos
52 municípios. “ É uma atividade âncora na composição da renda dos
pequenos agricultores, impactando no desenvolvimento local, principalmente
por fatores ligados a geração de empregos e distribuição de renda, e ainda
pelo grande alcance social e agregação de valor na propriedade” defendeu.
De acordo com o parlamentar, o leite é uma atividade que promove a qualidade
de vida das famílias, por ser desenvolvida, da porteira para dentro da
propriedade e ser associada com outras atividades como plantio de diferentes
culturas.
Cirone lembrou que ao longo dos anos, o estado registrou boas iniciativas para
melhorar a produtividade do leite. Ele citou a lei complementar 547 de 21 de
dezembro de 2009 que tem por objetivo incentivar a implantação, a ampliação,
a modernização e o aumento da competitividade dos Sistemas Produtivos da
Pecuária Leiteira do Estado de Rondônia com sustentabilidade econômica,
social e ambiental.
Para o deputado Cirone, em relação a legislação de apoio e incentivo à
produção leiteira houve avanços. No entanto, “quando olhamos para a
realidade do produtor de leite e observamos os dados do IBGE constatamos
que mesmo com uma lei que assegura aos produtores apoio, assistência
técnica, incentivo e fortalecimento da cadeia produtiva o setor ainda não foi
contemplado com uma ação eficaz do governo”.
De acordo com o deputado, basta comparar os dados do IBGE, tendo como
base os anos de 2007 a 2016 período em que a produção de leite em
Rondônia teve várias oscilações. Sendo que no ano de 2011 houve uma
redução de 12% na produção, voltando a crescer nos anos de 2012 a 2014, já
nos anos de 2015 e 2016 voltou a sofrer significativa redução na produção.
Cirone reconhece que diante dos números do IBGE fica evidente que o
produtor rural continua sem apoio e assistência técnica, porque a realidade
dele ainda é a mesma, de antes da criação do PROLEITE.
Por fim, o deputado disse que a situação se agrava ainda mais pela ausência
de uma política de garantia de preços. Realidade que deixa os produtores
fragilizado, podendo até comprometer a economia dos municípios produtores.
Fonte: DECOM - ALE
Publicada em 16 de May de 2019 às 16:10