O deputado Anderson Pereira (Pros), criticou duramente o Governo Federal
nesta segunda-feira (13), ao classificar de irresponsável o bloqueio financeiro
de R$ 5,8 bilhões no orçamento da educação. A manifestação foi feita durante
debate sobre o tema no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de
Rondônia (Ifro) - Campus Zona Norte de Porto Velho, ocasião em que
representou a Assembleia Legislativa.
“A educação está sucateada demais em nosso país. Eu visito escolas e vejo as
condições precárias. E não é só de estrutura, mas salariais também. Um país
que não respeita quem educa, que futuro terá? Esse bloqueio no orçamento da
educação eu considero uma irresponsabilidade do Governo Federal”, condenou
Anderson.
O deputado também se referiu ao ministro da Educação, Abraham Weintraub,
ao desaprovar a decisão. “Se ele [ministro] tivesse o mínimo de respeito com o
nosso futuro, porque educação é futuro, ele pedia para sair, para cuidar de
outra pasta ou da vida dele, porque de educação ele não sabe cuidar”,
verberou.
De acordo com a reitoria do Ifro, o bloqueio representa cerca de R$ 13,5
milhões em perda para a instituição, o que pode prejudicar a consecução de
serviços, contratações de profissionais para ministrar cursos e outras ações de
melhorias para os alunos.
Pereira defendeu em seu discurso, que o Supremo Tribunal Federal tome uma
posição responsável em preservar o orçamento. “Para que não prejudique
nossos filhos, nosso futuro, nossa instituição. Essa é a nossa preocupação”,
complementou.
Antes de encerrar, Anderson teceu críticas à proposta de reforma da
previdência do Governo. “Não ouço dizer que o governo está cobrando dos
bancos. Que está cobrando das empresas que devem para a previdência. Que
o governo vai devolver dinheiro que retirou da previdência para construir obras
no Brasil. A única coisa que ouço dizer é que vai aumentar o tempo para se
aposentar e que os senhores e eu vamos pagar uma previdência que não
vamos usar, porque não vamos ter tempo de vida para isso. Responsabilidade
é cobrar de quem deve, é não imputar a dívida ao trabalhador”, afirmou.
O parlamentar colocou a Casa de Leis à disposição para, junto com a bancada
federal, somar forças para evitar maiores prejuízos à educação brasileira.
Fonte: DECOM - ALE
Publicada em 14 de May de 2019 às 15:37