
Nos dias 23 e 24 de setembro próximos, a Vara do Júri da comarca de São Miguel do Guaporé, em Rondônia realizará o julgamento de dois acusados do assassinato do camponês Ismauro Fátimo dos Santos, e da tentativa de homicídio contra a filha dele, Sabrina Pereira de Santos, de 16 anos, ocorrido no dia 22 de julho do ano passado, no município de Seringueiras.
Tanto a vítima quanto os acusados eram membros da Liga dos Camponeses Pobres. O motivo do crime, segundo a Polícia Civil foi por causa de uma discussão entre o acusado Claudenir Cleres Barros, vulgo Polaco – líder do assentamento – e a vítima. Cleres não gostou de ser questionado por alguns camponeses e mandou todos calarem a boca, ordem que não foi cumprida por Ismauro.
O crime aconteceu na Linha 14, quilômetro 1, daquele município. A vítima e a sua filha iriam pela estrada em uma camionete rumo a Fazenda Bom Futuro quando Cleres e o comparsa Leonardo de Souza Silva, vulgo Coringa, apareceram sobre uma motocicleta. Clares pilotava o veículo enquanto Leonardo disparou vários tiros na vítima. Ismauro morreu na hora e a filha dele escapou em estado grave.
A execução ocorreu quatro dias após o desentendimento no acampamento. Ismauro foi executado com cinco tiros, e a filha dele levou dois balaços na cabeça, sendo socorrida e levada para o hospital de Cacoal.
Na época do crime, a Liga dos Camponeses Pobres (LCP) tratou o crime como se fosse um assassinato “praticado pelos bandos armados do latifúndio compostos de pistoleiros e policiais, apoiados, protegidos e acobertados pela cúpula da área de segurança do Estado”. Com o avançar das investigações a Polícia apontou que os “pistoleiros” eram seus próprios companheiros.
Fonte: VIA RONDÔNIA
Publicada em 05 de September de 2019 às 08:55