O FOLHA DO SUL ON LINE entrevistou o delegado Tiago Gaiga, da Polícia Federal, que comandou a “Operação Blister”, deflagrada hoje, em Vilhena e outras cidades de Rondônia. O alvo da ação policial foi a Biocal, empresa da área de medicamentos, acusada de fraudar licitações feitas pela prefeitura de Vilhena. Veja aqui.
Segundo o delegado, não houve prisões, mas computadores e documentos foram apreendidos, e serão analisados. A investigação aponta que, em conluio com a Comissão de Licitação, a empresa conseguia eliminar concorrentes nos certames para a venda de medicamentos. Depois, concorrendo sozinha, ela fornecia os produtos por valores muito acima dos preços de mercado.
A ação é um desdobramento da investigação da PF sobre a campanha municipal de Vilhena em 2012, quando o então prefeito, Zé Rover, disputou a reeleição, e teria sido beneficiado por um esquema de caixa 2, abastecido pela Biocal.
A PF apurou que, em troca das vantagens das concorrências, na época, além de pagar R$ 200 mil em espécie para um secretário de Rover, a empresa investigada se comprometeu em repassar outras 5 parcelas de R$ 30 mil cada para o caixa 2 da campanha.
As suspeitas em relação aos crimes atribuídos à Biocal foram levantadas quando a PF prendeu e confiscou documentos na casa do chefe da CPL, que favorecia a empresa nas concorrências, inabilitando outras firmas que disputavam as compras de remédios para o Hospital Regional.
Fonte: Folha do Sul
Publicada em 18 de outubro de 2019 às 10:32