
Inaugurado em 2013, a Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro Lagoinha, na zona Leste de Porto Velho, é o exemplo do descaso do dinheiro público. Situado na região da cidade onde há o maior contingente populacional da capital, e onde mais há números de famílias carentes, a unidade continua fechada, tomada pelo matagal, com equipamentos comprados, e nunca atendeu um só paciente.
A unidade chegou a ser alvo de vandalismo da própria comunidade, revoltada com a burocracia, mas foi reconstruída, entregue, e nada, continua sem funcionar. O período eleitoral já começou e, em breve, mais um prefeito certamente ocupará a vaga de Hildon Chaves na Prefeitura e a expectativa de dias melhores será renovada. Será que a unidade ficará fechada por mais um ano até o próximo prefeito eleito assumir o cargo?
O problema do posto de saúde, segundo alguns líderes comunitários do Lagoinha, é a falta de servidores. Isso mesmo, a unidade custou R$ 1 milhão, mas esqueceram de colocar no planejamento, os servidores municipais que iriam trabalhar nela. Um erro primário de gestão na saúde. A obra foi construída com dinheiro das compensação das usinas hidrelétricas. Nas últimas semanas, tudo o que tinha dentro foi levado pelos vândalos, ficando para trás, as paredes, o telhado e o piso.
Isso ocorreu porque até a segurança armada que havia no local foi retirada para a Prefeitura. A comunidade do Lagoinha/Três Marias está se mobilizando e desta vez prometem ater fogo e colocar tudo abaixo. Talvez assim é possível que as autoridades voltem sua atenção para a unidade e busquem os culpados por esse verdadeiro crime com o dinheiro público.
Fonte: VIA RONDÔNIA
Publicada em 13 de January de 2020 às 10:52