
A Vale informou que os alertas sonoros da mina Córrego do Fundão, em Brumadinho (MG), não foram acionadas após "devido à velocidade" em que ocorreu o rompimento da barragem principal, na última sexta-feira (25), que tinha 11,7 milhões de metros cúbicos de rejeito de minério de ferro.
"Devido à velocidade com que ocorreu o evento, não foi possível acionar as sirenes relativas à barragem 1", afirmou empresa de mineração, em comunicado à BBC News Brasil.
Para o professor de Engenharia de Minas da Universidade de São Paulo (USP), Sergio Medici de Eston, esta justificativa é "brincadeira", pois existe tecnologia para que sirenes de alerta sejam acionadas em qualquer circunstância de emergência, seja qual for a velocidade do evento.
"A sirene não é para tocar só quando a barragem cai. A sirene pode tocar quando a coisa começa a ficar crítica, às vezes semanas antes, para as pessoas ficarem em alerta. É como em um teatro: antes do início da peça, há um primeiro alarme, depois um segundo, até chegar o alarme final", explica o especialista.
Fonte: mundo ao minuto
Publicada em 31 de January de 2019 às 15:05