
A Superintendência Regional do Banco do Brasil Rondônia e Acre já deixou de existir em ambos Estados, atendendo aos critérios do novo Plano de Adequação de Quadros (PAQ) anunciado pela direção nacional do banco no dia 29 de julho.
É o que afirma o Sindicato dos Bancários e Trabalhadores do Ramo Financeiro de Rondônia (SEEB-RO), contestando matéria jornalística publicada na imprensa local em que o deputado federal Léo Moraes (PODE) teria recebido, na última terça-feira (20/8), garantia da gerente executiva do BB nacional, Stella Matos Batista Lima, de que a Superintendência Regional do BB apenas receberia uma ‘nova nomenclatura’ - que passaria de Superintendência Geral para Superintendência Comercial -, além de uma ‘promessa’ de que a “superintendência não só ficará do mesmo tamanho como ganhará mais três funcionários para atender a demanda do nosso estado”.
“Infelizmente, para nós, para os trabalhadores e para toda a sociedade rondoniense, essa informação repassada ao parlamentar é enganosa, pois a SuperBB já deixou de existir em Rondônia e Acre. A prova disso é que a estrutura funcional do órgão, que antes contava - além de 20 assessores - com um gerente regional em Ji-Paraná, um gerente regional em Rio Branco (AC) e um superintendente geral, agora conta com apenas um gerente comercial subordinado à Super Norte I (Amazonas e Roraima), com sede em Manaus. Temos informações ainda de que deverão ficar entre sete e oito assessores que sequer foram nomeados ainda. Ou seja, de 20 assessores ficarão apenas sete ou oito. O próprio ex-superintendente, Gustavo Arruda, já foi realocado para o estado da Paraíba”, destaca José Pinheiro, presidente do Sindicato.
“Apesar de todos os nossos esforços e com o apoio de parlamentares estaduais e da bancada federal, infelizmente a Superintendência em Rondônia foi fechada e, com isso, funcionários vão ficar sem cargos e vão ser obrigados a ser realocados para outras agências em outros municípios ou outros estados. Um prejuízo enorme para os trabalhadores”, acrescenta Pinheiro.
Rondônia é um dos maiores produtores no agronegócio no país e, a partir agora, encontrará dificuldades para as operações de financiamento na agricultura familiar e de pequenos e médios produtores, que terão maior dificuldade para obter esses recursos, já que tudo terá que passar pelo crivo da Superintendência em Manaus.
“Em relação à produção, Rondônia tem números muitos maiores e mais expressivos que outros estados que mantém a Superintendência do banco. Não dá para entender esse contrassenso da direção nacional do BB e, por isso, não vamos recuar na nossa luta e vamos continuar na busca por apoio das representações políticas rondonienses, a fim de que a SuperBB fique em Rondônia de fato e de direito”, dispara o presidente.
TRABALHADORES
O Banco do Brasil em Rondônia já sofre bastante com a falta de empregados, pois comparando ao total de agências no Estado, existem mais de 100 claros (aquelas vagas de trabalhadores que saíram e que não foram preenchidas). Isso afeta diretamente no atendimento e produz uma sobrecarga desumana de trabalho para os funcionários que permanecem.
“Com essa reestruturação o banco só promove mais redução no quadro de empregados, e além de precarizar ainda mais o atendimento ao público, ainda aumenta o índice de adoecimento dos trabalhadores. Agências que tinham 10 funcionários hoje trabalham com cinco, como exemplo. Ou seja, mesmo batendo recordes sucessivos de lucro, o banco reduz o número de empregados, precariza o atendimento, sobrecarrega e adoece os poucos funcionários restantes”, conclui o dirigente.
SEEB-RO
Fonte: Assessoria
Publicada em 23 de August de 2019 às 14:38