
O presidente do Sindicato dos Motoristas Profissionais Oficiais e Operadores de Máquinas Pesadas no Estado de Rondônia (Simporo), Clay Milton Alves, enviou ofício ao chefe da Casa Civil, Junior Gonçalves, e ao diretor-geral do Departamento Estadual de Estradas e Rodagem, Erasmo Meireles de Sá, fazendo questionamentos sobre a ideia do Governo do Estado em terceirizar os serviços de recuperação de vicinais.
A ideia de terceirizar os serviços foi dito pelo próprio governador Marcos Rocha, no início da semana passada, durante entrevista ao Programa Papo de Redação, e deixou o líder sindical preocupado, principalmente no aspecto técnico e financeiro. Segundo Clay Milton, há muita coisa ser discutida e uma parceira como essa não pode ser feita a toque de caixa sem planejamento.
“Não apenas o repasse desse maquinário é preocupante, mas também sua manutenção. Quem vai operar essas máquinas? e os operadores serão da autarquia? Haverá dinheiro para manter essas máquinas?. Em caso de acidente cm o trabalhador quem vai arcar com o prejuízo? São perguntas que precisam de respostas, pois, a meu ver, parece que o Estado está se livrando de suas obrigações e repassá-las aos municípios, o que é algo temerário”, disse Clay Milton.
A questão principal dessa proposta do Governo é a transparência e o econômico. “Terceirizações representam sempre o perigo de corrupção, e não raras vezes se transformam em verdadeiros ralos de dinheiro público. Mais preocupante ainda é o fato do estado deficitário de várias prefeituras que vão receber esse maquinário, já que a maioria das prefeituras vivem com suas contas no vermelho”, ressaltou.
Clay Milton também repudiou a justificativa do governador em fazer o repasse dessas máquinas, alegando que elas estão com vida útil reduzida, com duração de apenas 1 ano e meio, quando deveria ser de 40 anos. Segundo Clay Milton, a duração dessa máquinas é pouca porque elas trabalham por até 16 horas por dia e nunca recebem manutenção. Logo a culpa não é por mau uso delas pelo servidor.
“O que fica parecendo é que os servidores de trecho que trabalham nas Residências do DER-RO são culpados pela quebra das máquinas. O verdadeiro culpado é o Estado que não possui um planejamento para recuperar esse maquinário. Fica mais fácil jogar a culpa sobre o servidor, ao invés de assumir que não tem planejamento e gestão para manter o parque de máquinas. Não vou aceitar que o motoristas e operadores de máquinas do do departamento sejam bodes expiatórios dessa situação”, disse Clay MIlton.
Ao finalizar, Clay Milton chamou à responsabilidade pra cima dos deputados estaduais que devem analisar a proposta na Assembleia Legislativa. “Será que os parlamentares irão deixar passar um projeto desse tipo em que o Estado simplesmente abre mão da principal função da sua autarquia de obras que é conservação, e manutenção de vicinais e outros serviços de extrema relevância para o crescimento de Rondônia?. Fica o questionamento. Estou querendo respostas”, finalizou Clay Milton.
Fonte: Assessoria
Publicada em 28 de November de 2019 às 20:13