No dia em que comemorou 43 anos de instalação, com base na Lei Federal nº 6.222, de 10 de julho de 1975, o Porto Organizado de Porto Velho registrou mais um avanço nesta segunda-feira (17), com o início da exportação de mil toneladas de algodão proveniente do estado de Mato Grosso, por meio da Operadora FH de Oliveira Peixoto. Na solenidade realizada com a presença de funcionários e convidados, o governador Daniel Pereira falou sobre os ciclos econômicos vivenciados por Rondônia, com destaque para o início da construção da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM), ciclo este que terá sequência em um futuro próximo, conforme espera o governador, com a ferrovia que ligará Rondônia ao restante do País, tornando mais rápido o transporte que desde a década de 60 é feito pela BR-364, desembocando no porto (único da região alfandegado) via BR-319.
O governador citou que depois de mais de 100 anos do Tratado de Petrópolis, que delimitou em 1903 as terras bolivianas e brasileiras a partir do estado do Acre, Rondônia avançou com a revitalização do porto da capital, possibilitando o escoamento da produção boliviana, além da carne rondoniense para o Peru. Projeto estabelecendo a instalação de câmeras frias também é analisado, entre outros investimentos, para ampliar a exportação a outros países, inclusive de algodão rondoniense, cujo plantio foi iniciado em 100 hectares na região Sul do estado, com perspectivas de expansão, assim como ocorreu com a soja. “Fizemos os últimos ajustes sábado, em Vilhena, para podermos competir com Mato Grosso, Goiás e Bahia, com a vantagem de que esses dois primeiros estados não têm porto estruturado”, afirmou Daniel.
Na solenidade ainda foram prestadas homenagens com a entrega de placas pelo diretor-presidente da Sociedade de Porto e Hidrovias (Soph), Leudo Buriti, ao governador, à assistente técnico administrativo, Carmelita Alves, primeira funcionária do porto; a Almeidino Brasil, primeiro armador; aos assistentes técnicos Edvaldo de Oliveira, Jucilene Gadelha e Maurício Ferreira, além da técnica em contabilidade, Maria Elenita do Nascimento; José Rosário Monteiro, trabalhador portuário mais antigo; João Alexandre dos Reis, presidente do Conselho de Autoridades; Lins Murici, representando Raimundo Holanda, primeiro operador; e o coronel Vanderlei Costa, responsável pela implantação de Planos e Projetos Estruturantes do Porto.
“Este é um momento de gratidão”, disse Leudo Buriti, citando que hoje são transportadas via porto cerca de 14 milhões de toneladas de produtos, sete delas só de grãos. “Este é setor próspero e consolidado”, arrematou.
Ao final o governador entregou exemplares do livro Teixeirão – Um Estadista a Serviço de Rondônia, lançado na noite de quinta-feira.
Um pouco do porto
A construção do porto de Porto Velho foi iniciada em 1973 pelo Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis (DNPVN), do então Ministério dos Transportes e Comércios, que tinha por objetivo substituir as antigas rampas de embarque e desembarque implantadas durante a construção da EFMM e atender à movimentação de cargas. Com a extinção do DNPVN, foi criada a partir da Lei nº 6.222, a Empresa de Portos do Brasil S.A (Portobras), que no mesmo ano instalou as duas gruas com lança no topo da barranca do rio Madeira, atual local do porto. A partir de então diversas obras de infraestrutura foram implementadas com a execução de um terminal para operações roll-on/roll-off (sobem e descem rolando), pavimentação de pátios, construção do cais flutuante e armazéns, além de instalações administrativas. Só em 1985 foi formada a administração local, antes subordinada à Companhia Docas do Pará. Em novembro de 1997, convênio firmado entre o Ministério dos Transportes e o Estado de Rondônia delegou à Sociedade de Portos e Hidrovias (Soph) a administração e exploração.
Fonte: Secom - Governo RO
Publicada em 17 de December de 2018 às 15:19