
Não bastassem a acusação contra as irmãs Elza e Geralda, a Polícia Civil de Presidente Médici prendeu também uma terceira irmã – Sônia Eller da Silva, sob a acusação de envolvimento na morte de três pessoas entre os anos de 2008 e 2019 na cidade.
As vítimas seriam dois ex-companheiros e um amante menor da idade, das acusadas. A ossada de uma das vítimas, que seria do menor, foi encontrado em um terreno na cidade de Buritis, em abril desse ano, mais de dez anos após a vítima sumir misteriosamente da cidade.
Sônia Eller foi presa um mês após as escavações realizadas em Buritis e segundo a Polícia é outra peça importante do quebra-cabeça que pode elucidar todo o mistério da morte das vítimas e leva-las à condenação por homicídio e ocultação de cadáver das ´irmãs viúvas negras´.
Sônia entrou com um habeas corpus no Tribunal de Justiça de Rondônia para ser solta, mas o pedido foi negado. Na decisão, os desembargadores ressaltam há indícios de que ela não apenas tem conhecimento da conduta das irmãs como vem atuando para induzir o juízo a erro para livrá-las da condenação.
Segundo o desembargador Roosevelt Queiroz Costa, a prisão preventiva de Sõnia foi decretada para a garantia da ordem pública e conveniência da instrução criminal, pois apurou-se que ela “promoveu atos visando destruir e ocultar provas, cometendo com isso, eventual crime de fraude processual”.
Em uma transcrição feita pela Perícia, da conversa de um celular apreendido na Operação Viúva Negra, há elementos que comprovam que, Sônia orientou ELZA, a combinar depoimentos com a acusada GERALDA e orientado ELZA a apagar todas as conversas e dados do celular desta que tivessem referência aos casos.
Em um desses diálogos, do dia 27 de fevereiro de 2019, por volta de 08h40m, Sônia falou para Elza o seguinte: "Você tem que vim para ensaiar o que você vai falar, para ver o que você fala né, para não dar perdido, e apaga tudo do seu celular".
VÍTIMAS
Segundo a Polícia, a primeira vítima de Elza e Geralda foi o agricultor de nome Marcos, executado com um tiro na cabeça com a participação do menor Leonardo. O crime teria sido a mando de Elza, que era esposa de Marcos.
Leonardo seria amante de Elza e acabou desaparecendo dias depois para não dar com a língua nos dentes, pois fora testemunha ocular do crime. As investigações apontam a participação de João Ramos no desaparecimento e na morte de Marcos.
Elza chegou a ser julgada pelo júri popular, mas acabou absolvida pelos jurados.
João Ramos era ex-marido da ´viúva-negra´ Geralda e também foi assassinado pelo mesmo motivo: ocultar evidências de outros crimes perpetrados a mando das irmãs.
Ele teria sido morto porque ameaçou entregar toda a trama à Polícia Civil com forma de vingar pelo fim do relacionamento com Geralda. Ele chegou a escapar de uma emboscada, mas acabou sendo morto na segunda tentativa. Na primeira tentativa, entra outro personagem da história macabra: Gideão, atual marido de Geralda, que atirou várias vezes na vítima, mas não conseguiu mata-la.
Nas rodas de bares, João assumiu ter matado Marcos, em 2008, à mando da própria esposa da vítima, identificada como “Elza”, que por sinal é sua ex-cunhada, irmã de Geralda. João ainda comentou que em Buritis, também matou Leonardo, a mando de cunhada Elza, pelo valor de R$ 1 mil.
Nessa conversa, João também contou aos colegas de bar que matou Leonardo a pauladas enquanto este dormia, a mando de Geralda. Logo após o crime, o casal enrolou o corpo no lençol e jogaram, jogaram o cadáver dentro de uma fossa no terreno onde residiam, em Burutis e atearam fogo no colchão onde a vítima dormia.
Segundo João, as irmãs temiam que Leonardo abrisse o jogo com a Polícia. A conversa logo chegou aos ouvidos dos informantes da Polícia, que reabriu o caso. Atualmente, Geralda, Elza, e Gideon estão presos. A Polícia agora está à procura de quem matou João Ramos.
Fonte: VIA RONDÔNIA
Publicada em 12 de July de 2019 às 13:34