Operação destrói equipamentos de garimpo no Rio Madeira; advogada reage e pede ajuda de autoridades de Rondônia

Operação destrói equipamentos de garimpo no Rio Madeira; advogada reage e pede ajuda de autoridades de Rondônia

A advogada Tânia Sena utilizou suas redes sociais para expressar descontentamento com a recente operação policial que resultou na destruição de equipamentos de garimpo no Rio Madeira, em Porto Velho. Em sua publicação, Sena afirmou: “Mais uma operação policial, com destruição de equipamentos de garimpo que poderia ter sido evitada se o governo escutasse nosso clamor para rever a constitucionalidade do decreto que proíbe a garimpagem no Rio Madeira. Não vamos desistir e muito em breve teremos nossas licenças em mãos, garantindo o trabalho digno e limpo que todos merecemos!”.

Em um vídeo publicado na mesma plataforma, Tânia Sena detalhou os acontecimentos e criticou as autoridades locais. “Mais uma vez dezenas de equipamentos de garimpo foram inutilizados em Porto Velho na região conhecida como Baixo Madeira. Isso é o retrato do descaso das autoridades rondonienses com o garimpo. Isso é o retrato do sofrimento do trabalhador. Porque essa área era legalizada até 2013: tinha licença ambiental, tinha permissão de lavra garimpeira e por conta de um decreto inconstitucional de 1991 essas áreas foram impedidas de terem suas licenças ambientais renovadas,” disse a advogada.

A Operação Febre do Fogo, realizada pela Polícia Federal em parceria com o Ibama e a Secretaria de Meio Ambiente de Rondônia, resultou na prisão de quatro pessoas e na inutilização de 32 embarcações de garimpo, conhecidas como dragas. A operação, ocorrida na terça-feira (9/7), focou na fiscalização entre os distritos de São Carlos e Calama, onde foram detectadas diversas irregularidades ambientais, incluindo a extração ilegal de ouro do leito do rio.

Segundo a Polícia Federal, a atividade ilegal com o uso de mercúrio agride a fauna, a flora e a saúde humana. Com a destruição dos equipamentos, a PF e os órgãos ambientais somam 170 embarcações inutilizadas ao longo de 2024, resultado de operações anteriores realizadas em fevereiro e maio.

A advogada Tânia Sena destacou em seu vídeo a luta contínua dos garimpeiros para revogar o decreto de 1991, solicitando apoio das autoridades e políticos locais. “Nós estamos lutando pra revogar esse decreto há pelo menos seis anos. Nós precisamos das autoridades. Nós precisamos dos nossos políticos, deputados estaduais, governador, nos ajude, ajude os garimpeiros, pessoas estão sofrendo, o garimpo gera economia e renda pra cidade, o garimpo gera emprego, o garimpeiro não é bandido, o garimpeiro é trabalhador,” apelou Sena.

A operação contou com a participação de 22 agentes federais, funcionários do Ibama, policiais militares e o Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal (GPI). A destruição das embarcações e a prisão dos envolvidos visam combater a extração ilegal de minérios e proteger o meio ambiente das consequências nocivas dessas atividades.

Fonte: Rondônia Dinâmica
Publicada em 12 de July de 2024 às 11:13

 

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