Operação Avatar: Afastamento da prefeita e desarticulação de esquema ilícito em Guajará-Mirim

Operação Avatar: Afastamento da prefeita e desarticulação de esquema ilícito em Guajará-Mirim

O Ministério Público de Rondônia (MPRO), em conjunto com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Polícia Civil do Estado, deflagrou nesta quinta-feira (25) a "Operação Avatar" em Guajará-Mirim. A ação tem como alvo o cumprimento de 6 mandados de busca e apreensão, 2 afastamentos de mandato de cargo público, além de proibições estratégicas relacionadas a investigados. A prefeita Raissa Bento e seu marido, Antônio Bento, foram afastados de seus cargos, conforme comunicado oficial do MP.

O propósito central da operação é reunir evidências para instruir um Procedimento Investigatório Criminal (PIC) que está em curso no MPRO. Sob autorização e supervisão judicial do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO), o PIC investiga uma série de crimes, incluindo nomeação ilegal de servidor, usurpação de função pública, peculato-desvio, peculato de uso de bem público, falsidade ideológica, corrupção passiva, desacato e fraude processual. A lista de ilícitos também abrange a associação criminosa, com suposta participação de agentes políticos e servidores da Prefeitura de Guajará-Mirim, bem como outras pessoas não diretamente vinculadas ao Poder Executivo municipal.

Os mandados estão sendo cumpridos em residências, escritórios, propriedades rurais e na própria Prefeitura. Adicionalmente, ordens judiciais de afastamento de mandato e cargo público também estão sendo executadas.

A operação envolve um contingente significativo, com a participação de Promotores de Justiça, Policiais Civis e Militares, Perito Criminal e servidores do CAEX e do GAECO. Diversas delegacias especializadas, como a 2ª Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO 2), a Delegacia Especializada em Repressão a Furtos, Roubos e Extorsões (DERF – Patrimônio), a Delegacia Especializada em Crimes contra o Consumidor (DECCON) e a Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Contra a Vida (DERCV – Homicídios), também colaboram na execução da operação.

O nome "Avatar" faz alusão à prática identificada no caso, na qual pessoas eram colocadas em cargos estratégicos na Prefeitura de Guajará-Mirim como figuras representativas, enquanto as decisões eram controladas pela liderança do esquema investigado. A ação visa desmascarar esse comportamento, semelhante ao uso de figuras avatares na internet para ocultar a identidade real dos participantes em determinadas atividades.

O MPRO ressalta o compromisso com a transparência e destaca que a operação busca assegurar a lisura e legalidade na administração pública, reforçando a importância do combate à corrupção e a preservação dos interesses da sociedade.

Fonte: Via Rondônia
Publicada em 25 de January de 2024 às 08:38

 

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