Nove testemunhas já foram ouvidas durante o julgamento de Erivaldo Resende de Meireles, acusado de assassinar com dois tiros na cabeça a ex-mulher. O crime aconteceu em julho do ano passado, em Candeias do Jamari. Segundo o Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO), outras três pessoas serão ouvidas, todas de defesa. Umas das testemunhas, um policial, disse pela manhã que o acusado premeditou o crime.
Após os depoimentos, Erivaldo Resende de Meireles será interrogado. O julgamento acontece no 2º Tribunal do Júri da Comarca de Porto Velho desde a manhã desta segunda-feira (25).
A vítima, a diretora de posto de saúde Edna Braz Nóbrega de Lima, então com 44 anos, foi morta a caminho do trabalho porque o réu não aceitava o fim da relação. A previsão, conforme a assessoria do TJ-RO, é de que o julgamento termine ainda nesta segunda.
O júri estava marcado para começar às 8h30. Porém, houve um impasse se o júri seria adiado ou não, pois uma das testemunhas de defesa faltou. Entretanto, o juiz optou em dar início ao julgamento.
A sessão é presidida pelo juiz de direito José Gonçalves da Silva. A acusação é realizada pela promotora Lisandra Vanneska Monteiro Nascimento Santos.
De acordo com o TJ-RO, Erivaldo responde por feminicídio, com agravantes de motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima.
Veja o resumo do júri e o que ainda falta ocorrer:
Edna Braz Nóbrega de Lima foi morta com dois tiros na cabeça no dia 18 de julho de 2018. A diretora do posto de saúde saiu de casa para trabalhar, quando foi encontrada ferida dentro do carro.
Socorrida por um morador da região e levada até um posto de saúde, no próprio carro, ela ainda chegou a ser atendida por uma ambulância, mas morreu quando estava a caminho de Porto Velho.
Segundo o boletim de ocorrência, registrado no mesmo dia, o suspeito foi encontrado na residência do casal no dia do assassinato e disse saber o que tinha acontecido com sua esposa. Porém, não tomou nenhuma providência. O homem ainda disse que a servidora pública estava sendo ameaçada por um ex-funcionário.
Durante investigações, a Polícia Civil apontou Erivaldo como o principal suspeito do crime, e pessoas próximas à vítima afirmaram que ela tinha medo de ser morta pelo ex-marido.
Fonte: G1
Publicada em 25 de March de 2019 às 17:18