Líderes da facção criminosa PCC (Primeiro Comanda da Capital) foram transferidos para presídios federais em Porto Velho (RO) e Mossoró (RN). As transferências aconteceram à pedido do governo de São Paulo que considerou o insustentável a manutenção dos presos no presídio de de segurança máxima de Presidente Venceslau (a 611 km de SP).
Os detentos estavam no presídio de Presidente Venceslau, no interior do estado. Entre os transferidos, está Marcos Hebas Camacho, o Marcola, considerado o principal líder da organização criminosa. Os criminosos serão transferidos a presídios federais.
O governo federal soltou um decreto específico autorizando o uso das Forças Armadas no entorno de presídios federais de Rondônia e Rio Grande do Norte para garantir a segurança das unidades prisionais para onde irá parte de cúpula do Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Fica autorizado o emprego das Forças Armadas para a Garantia da Lei e da Ordem, no período de 13 a 27 de fevereiro de 2019, no Estado do Rio Grande do Norte e no Estado de Rondônia, para a proteção do perímetro de segurança das penitenciárias federais em Mossoró e Porto Velho, em um raio de dez quilômetros”, determina o governo federal.
Publicado no Diário Oficial da União, o documento é assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, pelo ministro do gabinete de Segurança Institucional, General Heleno, pelo ministro da Defesa Fernando Silva e pelo ministro da Justiça Sergio Moro
No pedido de transferência formulado à Justiça pelo Ministério Público de São Paulo (MP), os promotores argumentam que investigações apontam para a existência de planos para tentar libertar Marcola.
“Os alvos da ação já teriam gasto dezenas de milhões de dólares nesse plano, investindo fortemente em logística, compra de veículos blindados, aeronaves, material bélico, armamento de guerra e treinamento de pessoal”, afirma o documento.
O resgate estaria sendo planejado, de acordo com o MP, por Gilberto Aparecido dos Santos, um aliado de Marcola conhecido como Fuminho. Gilberto fugiu da Casa de Detenção de São Paulo em 1999 e, segundo as investigações, está atualmente estabelecido na Bolívia, de onde envia armas e drogas para o Brasil e outras partes do mundo.
Fonte: Via Rondonia
Publicada em 13 de February de 2019 às 14:41