
A Justiça Federal em Rondônia condenou cinco pessoas que foram acusadas de integrar uma organização criminosa composta por estelionatários e servidores públicos federais que falsificava e desviava cartões de crédito por crime de corrupção e formação de quadrilha. O grupo criminoso foi desarticulado em 2012 através da Operação Metamorfose, realizada pela Polícia Federal de Rondônia.
Foram condenados os servidores públicos Izaura Lourdes Vieira (funcionária da Receita Federal) e Roney Braz de Souza (Funcionário dos Correios), Reinaldo da Paz Martins, Eduardo Gerônimo de Oliveira Júnior e Rauni Cirilo Alves Brasil. Os servidores Izaura e Roney foram condenados a 6 anos e 8 meses de prisão no regime semiaberto, perda da função pública, e pagamento de multa.
A pena maior ficou para Reinaldo da Paz Martins: 7 anos e 4 meses de prisão no regime semiaberto; Eduardo Gerônimo foi condenado a 6 anos e 5 meses de prisão, também, no regime semiaberto. A pena mais branda ficou para Rauni Cirilo Alves Brasil, com 2 anos e um mês, no regime aberto. Todos permanecerão livre até que sejam julgados seus recursos de apelação em segunda instância.
A Justiça Federal também decretou a perda do dinheiro e os bens apreendidos em poder do grupo na Operação Metamorfose. Vários desses apreendidos (mais de 70) já foram inclusive alvos de leilão na Receita Federal para ressarcimento das empresas lesadas e do próprio patrimônio público. Ao todo, foram denunciadas catorze pessoas por suspeita de atuação no esquema.
ATUAÇÃO
Os condenados se utilizavam do acesso privilegiado dos funcionários dos Correios às correspondências que possuíam cartão de crédito com selos de várias operadoras, desviavam essas correspondências e desbloqueavam esses cartões, mediante fraude.
O esquema começou a ser descoberto após denúncia de um cliente que desconfiou da demora do cartão e indo procura-lo nos Correios da capital, quando foi informado que o cartão já havia sido retirado. A PF foi acionada e começou a descobrir o esquema, que à época, desviou quase R$ 4 milhões.
Uma das quadrilhas investigadas chegou a constituir uma loja de eletrodomésticos em nome de “laranjas”, na zona leste da cidade, com o objetivo de vender as mercadorias adquiridas por meio das fraudes, e assim, “lavar” o produto do crime. Todas as mercadorias foram apreendidas e colocadas em leilão.
Fonte: VIA RONDÔNIA
Publicada em 14 de May de 2019 às 14:27