
O presidente [Jean-Claude Juncker] assegurou à candidata que pode contar com o apoio da Comissão e com o seu apoio pessoal para garantir uma transição suave, caso seja eleita pelo Parlamento Europeu", declarou o porta-voz do executivo comunitário, Margaritis Schinas, durante a conferência de imprensa diária daquela instituição.
Jean-Claude Juncker teve hoje o primeiro encontro com Ursula von der Leyen desde que os 28 líderes dos Estados-membros da União Europeia (UE) indicaram, na terça-feira, o nome da atual ministra da Defesa alemã para suceder ao luxemburguês, que ocupa a presidência do executivo europeu desde 2014.
Para se tornar presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen terá de conseguir a aprovação do Parlamento Europeu numa votação prevista para meados deste mês, prevista para 16 ou 17 de julho.
Sobre a reunião de hoje, que ocorreu esta manhã em Bruxelas, Margaritis Schinas acrescentou que foi "um encontro amistoso entre dois autênticos europeus que se conhecem há anos".
Questionado sobre o descontentamento manifestado por algumas famílias políticas do Parlamento Europeu, nomeadamente a família social-democrata, por causa da política conservadora alemã não ter figurado entre os candidatos propostos pelos partidos políticos para presidir à Comissão Europeia (processo conhecido como 'spitzenkandidaten'), Margaritis Schinas escusou-se a dizer se tal questão foi abordada na reunião entre Jean-Claude Juncker e Ursula von der Leyen.
"Agora cabe à candidata à presidência garantir que até à sua eleição no Parlamento Europeu todas as medidas necessárias sejam tomadas", acrescentou o porta-voz.
Naquela que foi a sua primeira deslocação como candidata à presidência da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen escolheu deslocar-se, na quarta-feira, a Estrasburgo (França), onde esta semana se sentaram pela primeira vez os eurodeputados eleitos nas eleições europeias de maio passado.
"Tenciono ouvir muito, de forma a desenvolver, nas próximas duas semanas, um diálogo com o Conselho e o Parlamento, uma visão para os próximos cinco anos para a Europa", disse em Estrasburgo Ursula von der Leyen, em declarações à imprensa.
Após uma longa maratona negocial, que se prolongou em Bruxelas ao longo de três dias, os chefes de Estado e de Governo dos 28 países da UE chegaram na terça-feira a um acordo e designaram a alemã Ursula von der Leyen para a presidência da Comissão Europeia, o belga Charles Michel para a presidência do Conselho Europeu, o espanhol Josep Borrell para o cargo de Alto Representante da UE para a Política Externa e a francesa Christine Lagarde para o Banco Central Europeu.
Fonte: mundo ao minuto
Publicada em 04 de July de 2019 às 09:32