
O jornalista Paulo Cézar Fialho de Carvalho, de 47 anos, morreu nesta quinta-feira (25), no Rio de Janeiro, vítima de infarto.
Ele estava com um dos filhos no evento Game XP, no Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, quando passou mal por volta das 14h. Paulo foi atendido pela equipe do posto de saúde local, e encaminhado de ambulância para o Hospital Lourenço Jorge. A Secretaria Municipal de Saúde informou que o jornalista já chegou sem vida ao hospital.
Repórter de grande sensibilidade, foi o único a gravar um depoimento de Eliza Samudio, antes de ela ser morta pelo ex-goleiro Bruno. Samudio estava na porta de delegacia e denunciou ameaças e agressões sofridas. O vídeo foi usado posteriormente no julgamento e ajudaram na condenação dos envolvidos.
Ao lado dos também repórteres Leslie Leitão e Paula Sarapu, foi um dos autores do livro “Indefensável: O goleiro Bruno e a história da morte de Eliza Samudio”.
Formado pela Universidade Gama Filho em 1997, Paulo Carvalho trabalhou nos jornais “Povo do Rio”, “Extra” e o extinto “A Notícia”. Também foi assessor de imprensa na Prefeitura do Rio e, por último, esteve na assessoria da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap).
Além do sumiço de Eliza Samudio, Paulo Carvalho cobriu outros casos emblemáticos, como o assassinato do jornalista Tim Lopes.
Furo internacional
Em 2008, conseguiu um furo internacional: descobriu em Magé, na Baixada Fluminense, uma antiga paixão antiga do então senador e candidato à presidência dos Estados Unidos John McCain.
A Paulo, Maria Gracinda Teixeira de Jesus, à época com 77 anos, contou detalhes do romance com o político republicano nos anos 50, no Rio. A reportagem repercutiu na imprensa do mundo todo.
Despedida
Paulo Carvalho deixa dois filhos, João e Pedro, e a esposa, a também jornalista Janaína Carvalho.
O enterro será realizado às 16h desta sexta-feira (26), no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap. O velório começou às 10h.
Fonte: g1.globo
Publicada em 26 de July de 2019 às 11:29