Joelna Holder e convidados de Audiência Pública discutem o combate a violëncia contra a mulher

Joelna Holder e convidados de Audiência Pública discutem o combate a violëncia contra a mulher

Sugestões foram dadas às autoridades presentes. A ação fez parte dos 16 dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres.

Na manhã desta segunda-feira (10), aconteceu no Plenário da Câmara Municipal a audiência pública sobre o Combate à Violência contra a Mulher. Organizada pela vereadora  Joelna Holder (MDB), a discussão envolveu a população e representantes de entidades que lutam contra essa realidade.

"Estamos atentos a essa grave problemática presente em nosso município. Só iremos diminuir o avanço da violência quando este Ciclo Vicioso for quebrado. Pais violentos formarão filhos que reproduzirão a mesma violência em seus relacionamentos. As proposituras que construimos nesta audiência são avanços importantes para essas mudanças", diz a vereadora.

Uma das mulheres presentes que falou sobre o tema foi a representante do CREAS Mulher, Silvana  Tomaz, que frizou a importância do diálogo. "É preciso que haja uma mudança de paradigma. Esse machismo presente deve ser desconstruído. As mulheres estão socialmente invisíveis, isso deve mudar, e essa mudança deve começar com a conscientização. Precisamos colocar mais recurso público nas campanhas conscientizadoras", enfatizou. 

Em sua fala, o promotor de Justiça Heverton Aguiar concluiu com dados a triste realidade do Estado. "Rondônia é o terceiro estado do Brasil que mais estupra mulheres é o quarto que mais agride mulheres no Brasil. Devemos combater o machismo tóxico da nossa sociedade, precisamos de medidas viáveis para que essa questão seja melhorada. As pessoas devem se importar mais", declarou.

O professor Fábio de Mello defendeu que tais discussões devem acontecer principalmente nas instituições de ensino. 

"A violência é sistemática, ela tem um ciclo e o ser humano é formado por um tripé: Religião, Família e Profissão. Precisamos  ver a partir disso. Assédio moral e sexual também é uma forma de violência, e infelizmente, nesses três âmbitos encontramos essas violências. Escolas e igrejas são termômetros sociais e para sairmos dessa situação de crise a solução é replicarmos a solução no dia a dia", conclui.

Responsável pela Patrulha Maria da Penha em Porto Velho, a PM Sargento Rosineide acrescentou que, desde o mês de abril, 1.200 medidas protetiva estão em vigência, e que 1.158 mulheres foram visitadas neste período. "60% dos crimes do estado acontecem em Porto Velho. É muito importante que as pessoas usem o Disque 180 para denunciar casos. A guarnição de plantão atenderá o caso e nós faremos o acompanhamento. Assim, aos poucos, vamos mudando essa triste realidade", concluiu.

Fonte: Assessoria
Publicada em 11 de December de 2018 às 18:33

 

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