
Com a publicação do Decreto 2352/2019, assinado ontem pelo governador Marcos Rocha, os presídios do Estado passam a ser comandado pela Polícia Militar. A decisão, polêmica, ocorreu após um início de motim no Urso Branco, em protesto pela suspensão das visitas (íntimas e familiares) e por causa da greve dos agentes penitenciários.
Segundo o Governo do Estado, as visitas foram suspensas por causa da paralisação dos agentes, cujo quadro ficou reduzido e sobrecarregado para dar conta das demandas inerentes ao período de visitas, o que fragiliza a vigilância de presos em todo o sistema carcerário rondoniense. A medida, porém, foi extrema, segundo o sindicato dos agentes penitenciários.
O secretário de Defesa e Cidadania – Sesdec – Coronel Pachá disse que hoje pela manhã a Polícia Militar irá fazer uma varredura em todos os presídios para avaliar a situação de cada unidade e daí fazer um planejamento de acordo com a necessidade. Ele não quis gravar entrevista e disse que qualquer questionamento era para ser feita à Assessoria de Imprensa do Governo.
O dinheiro que será gasto com a mobilização de policiais militares em todo o Estado será um gasto adicional nos recursos orçamentários da Sesdec e poderiam muito bem ser aplicados no Plano de Cargos, Carreiras e Salários da categoria, que foi contingenciado pelo Estado, se tornando o estopim da paralisação.
A mobilização é intensa desde ontem por familiares e policiais em frente ao presídio Urso Branco. As esposas e mães de apenados dizem que estão sem vê-los há duas semanas e vão manter acampamento até que a situação seja resolvida. Elas temem que haja o início de um conflito com morte dentro da Casa de Detenção.
O Decreto terá duração de 60 dias e até mesmo os agentes penitenciários estão impedidos de entrar no presídio. A denúncia proibitiva foi denunciada hoje pela manhã pelo sindicato da categoria – Singeperon.
Fonte: VIA RONDÔNIA
Publicada em 25 de January de 2019 às 08:51