Ao participar na sexta-feira de uma roda de debates promovida pela Fundação de Amparo ao Desenvolvimento das Ações Científicas e Tecnológicas e à Pesquisa de Rondônia (Fapero), sobre a necessidade de se garantir recursos para investimento em pesquisas científicas, o candidato ao governo pela coligação “Rondônia, esperança de um novo tempo”, Expedito Junior, se comprometeu em manter os repasses à Fundação e destacou vantagens que podem advir dos resultados destas pesquisas.
Participaram do evento o reitor da Universidade Federal de Rondônia, Ari Ott, o pesquisador chefe geral da Embrapa em Rondônia, Alaerto Luiz Marcolan, o diretor do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical, Mauro Shugiro Tada, a vice-diretora da Fiocruz, Deusilene Souza Vieira e o presidente da Fapero, Francisco Elder de Souza Oliveira, além de candidatos ao governo.
Um dos principais questionamentos e motivo da maior preocupação dos pesquisadores, é que a lei que criou a Fapero, previu a destinação de “até” 1% da receita de ICMS para a fundação. O termo temporal consignado na interjeição “até”, desagrada a todos. Isso porque, se o governante destinar 0,1% da previsão orçamentária, estará cumprindo o que foi determinado em lei.
Os pesquisadores defendem que seja fixado um percentual que não deixe margem para a imprevisibilidade. Ocorre que a constituição federal proíbe, e o próprio Supremo Tribunal Federal já se manifestou, pela vedação à vinculação de alíquota sobre a receita de ICMS. O candidato Expedito Junior ficou de analisar a situação com sua equipe, mas assumiu o compromisso publicamente de garantir recursos para investimento em pesquisa.
Para Expedito Junior, a pesquisa científica é importante em todos os campos, nas áreas de exatas, humanas e biológicas, porém, em Rondônia, há uma vertente muito importante que envolve o fortalecimento do agronegócio. Ele que pretende fazer retornar programas como o de distribuição de sementes, diz que pesquisas serão muito úteis para a produção de grãos de alta qualidade, como a Embrapa fez com o desenvolvimento do café clonal, uma planta precoce de qualidade muito superior à cultura tradicional.
Expedito citou ainda a melhoria do padrão genético do rebanho bovino de corte e de leite que pode advir. “Temos que desenvolver o melhoramento genético por meio de pesquisas para se chegar a um padrão de animal adaptado às nossas condições climáticas, não trazer reprodutores de fora como já fizeram muito no passado”, defendeu.
O próprio pesquisador chefe da Embrapa disse que o órgão está trabalhando numa pesquisa para identificar e controlar a infestação de vermes em peixes criados em cativeiro. “Se pretendemos manter nosso status de maior criador de peixe em cativeiro, precisamos cuidar da questão sanitária. Isso também se faz com pesquisa”, enfatizou.
Fonte: Assessoria
Publicada em 02 de October de 2018 às 11:08