A direção da empresa Energisa, que arrebatou no leilão da Eletrobrás a concessionária de distribuição de energia de Rondônia (Ceron), ainda não se pronunciou sobre a decisão da juíza da 1ª Vara Federal Cível de Justiça de Rondônia, Grace Anny de Souza Monteiro, que suspendeu ontem o aumento da tarifa de energia elétrica.

O aumento foi concedido pela Aneel e já tá valendo desde a última quinta-feira (13.12). A empresa deve entrar até amanhã com um pedido de revogação da liminar para manter o aumento fixado em 25,43%. A juiz suspendeu o aumento, após dar 72 horas para a empresa se explicar sobre a tarifa absurda que pretende cobrar dos rondonienses.

Em outros Estados que tiveram suas estatais vendidas no leilão da Aneel, como é o caso do Amapá, a Justiça também suspendeu o aumento de 5,35%. Paralelamente à ação do Ministério Público Federal, instituições como a OAB e Procon estão agindo firme no sentido de reverter o aumento e negociar com as empresas vencedoras dos leilões tarifas mais acessíveis.

RONDÔNIA

Na ação, proposta pelos ministérios públicos Federal e Estadual, além da Defensoria Pública do Estado e do Conselho Estadual de Defesa do Consumidor, os órgãos querem a suspensão da cobrança do reajuste que varia de 24,75% a 27,12% para residências, comércios e energia de alta tensão ou a fixação de percentual de reajuste tarifário no patamar máximo de 4,03%.

ENERGISA

A Energisa se defende com o argumento de quem fixou a tarifa foi a Aneel, a agência reguladora do Governo Federal do setor energético e que o percentual inclui dívidas que a estatal rondoniense possuía, utilização de termelétricas – que encarecem o preço final da distribuição de energia.

Fonte: Via Rondônia
Publicada em 20 de December de 2018 às 09:12