A Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) se reuniu na tarde desta quarta-feira (15), no plenarinho 1 da Assembleia Legislativa, sob a presidência do deputado estadual Jean Oliveira (MDB). Estavam presentes os deputados Cirone Deiró (PP), Lazinho da Fetagro (PT), Chiquinho da Emater (PSB), Alex Redano (PRB), Dr. Neidson (PMN) e Eyder Brasil (PSL).
Na pauta, a discussão da escolha da empresa para conservação e manejo do Parque Estadual Guajará-Mirim, com a presença do secretário estadual de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Elias Rezende, e representantes da empresa vencedora do chamamento público, Permian Global e técnicos da Sedam.
"Estamos aqui colhendo informações dessa nova modalidade de ação, para a Unidade de Conservação, num modelo que pode ser estendido para outras reservas. É importante que esta Comissão possa conhecer e acompanhar essa inovação, que esperamos trazer um novo norte para a questão da preservação ambiental em nosso Estado", destacou Jean Oliveira.
"Manter uma unidade de conservação não é fácil. Tem custos e desafios muito grandes, para mantê-las livres de invasões. Nosso objetivo é fazer com que essas unidades possam ser cuidadas e, ao mesmo tempo, ainda gerar receitas ao Estado", destacou Rezende.
Denis Trindade, coordenador de unidades de conservação da Sedam, informou que esse projeto surgiu após uma recomendação do Tribunal de Contas do Estado. "Esse foi um processo, onde a Sedam procurou a Supel para dar início aos estudos, em 2016. Foram vários projetos apresentados, após o chamamento público, com alternativas como o carbono".
O co-líder da Permian Global na América do Sul, Miguel Milano, fez uma apresentação do modelo que será implantado na unidade de conservação de Guajará-Mirim, com área de 207 mil hectares.
"Em muitos países, as unidades de conservação geram renda e empregos. Mas, no Brasil, há muita dificuldade para um trabalho assemelhado. A Permian investe na proteção e restauração natural de ecossistemas florestais tropicais. Somos uma empresa que tem no lucro uma finalidade, mas nosso foco é a produção de crédito de carbono", declarou.
O plano de manejo prevê a proteção, manejo de recursos naturais, extensão ambiental rural, educação ambiental. Há a perspectiva de investir na compra de veículos e equipamentos, contratação e treinamento de pessoal, construção de postos de controle, entre outras ações.
Fonte: assessoria
Publicada em 16 de May de 2019 às 09:24