Rondônia é uma das capitais brasileiras mais perigosas para atuação de jornalistas e comunicadores. Nos últimos anos esses profissionais foram vítimas de assédio judicial sequencial, agressões físicas, ameaças, intimidações e houve casos de disparos com armas de fogo contra redação de jornais e até escribas. Organismos nacionais e internacionais que monitoram a liberdade de expressão e imprensa, dizem que na Amazônia, jornalistas e comunicadores correm perigo.

Em Porto Velho, o candidato a vereador Cláudio Carvalho (PT) manifestou seu apoio aos trabalhadores da comunicação. O advogado, que foi deputado estadual e secretário da prefeitura de Porto Velho, assinou a carta compromisso em defesa de jornalistas e comunicadores.

A carta, elaborada por integrantes da Rede de Proteção, elenca nove pontos como o não incentivo à violência, a não produção de desinformação ou notícias falsas (fakenews) ou ainda o compromisso, em eventual mandato, com políticas públicas que promovam a sustentabilidade da comunicação popular e comunitária.

Entenda

A Rede Nacional de Proteção de Jornalistas e Comunicadores formada pelo Instituto Vladimir Herzog, Artigo 19, e com o apoio da Repórteres Sem Fronteiras (RSF) e do Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social, está coletando adesões de candidaturas aos cargos executivos e legislativos municipais nestas eleições para assinar a carta em defesa da Liberdade de Expressão e da segurança de jornalistas e comunicadores em todo o país.

A Rede, que em 2024 completa 6 anos e já atendeu mais de 130 casos de violência contra jornalistas e comunicadores em todo o país, está preocupada com o cenário de violência contra quem produz informação no país.

A Rede atua com ações formativas presenciais com pessoas comunicadoras em quase todas as regiões do país como forma de ampliar a capacidade de autoproteção de jornalistas e comunicadores. Outra forma de ação é a busca por adesões de candidaturas a um compromisso com a proteção de jornalistas e comunicadores e a Liberdade de Expressão.

Violência

Em 2024, um relatório da Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), apontou um aumento de 328,4% nas agressões contra profissionais da comunicação. 

Ainda segundo o relatório, em 2023, 52,1% dos alertas monitorados pela Abraji ocorreram no ambiente digital. Em 57% dos casos, os autores eram agentes do Estado. 

As violações trazem discursos estigmatizantes (47,2%), agressão física (38%) e 229 casos tiveram como vítimas profissionais da imprensa. 

Esses números destacam a urgência de medidas para proteger os profissionais da comunicação, especialmente durante períodos eleitorais, quando os ataques tendem a aumentar.

Quer conferir a lista completa de quem já assinou? Então corre lá no site da Rede! Vamos juntos defender a liberdade de expressão!  
https://rededeprotecao.org.br/candidatas-e-candidatos-aderem-a-carta-compromisso-em-defesa-de-jornalistas-e-comunicadores/

Fonte: Assessoria
Publicada em 02 de October de 2024 às 10:48