
Atualmente existem 8.500 motoristas de aplicativos inflacionando a praça e a maioria atuando de maneira irregular
Uma comissão formada pelos vereadores Edwilson Negreiros, Marcelo Reis, Márcio do Sitetuperon e Da Silva do Sinttrar está empenhada na solução das questões que envolvem o caos do transporte público de Porto Velho. A comissão tem se reunido com todas as categorias que atuam no segmento reunindo propostas, levantando demandas que vão subsidiar uma intervenção decisiva do Município na questão.
Na semana passada, o secretário de Trânsito, Nilton Kisner foi convidado pela Câmara de Vereadores e falou um pouco sobre os problemas por quais passam o Município no setor e disse que tem trabalhado muito para dar uma resposta positiva à população. Ele anunciou que a licitação para a contratação da próxima empesa de ônibus está pronta, nas mãos da Procuradoria e deve ser anunciada esta semana.
Segundo o vereador Marcelo Reis, a Câmara Municipal foi provocada pela associação e pelo sindicato que representam as empresas que atuam por meio de aplicativo. Atualmente, a capital possui aproximadamente 8.500 motoristas agindo no sistema de passageiros por aplicativo, dos quais 60% não estão cadastrados pela Semtran, sendo que 60% desse total, de apenas uma empresa de aplicativos.
De acordo com o vereador, a Câmara aprovou uma lei autorizando a Prefeitura regulamentar o transporte de passageiros por empresas de aplicativos, mas a falta de limites terminou por provocar um inchaço no setor. “Hoje existem nove empresas de aplicativos atuando no mercado e outras onze querendo entrar. Do jeito que está rapidamente chegaremos a 10.500 motoristas atuando por aplicativos na cidade”, disse Marcelo.
Segundo o vereador Edwilson Negreiros, presidente da Câmara Municipal, a proposta que o Legislativo municipal apresentou de imediato à Prefeitura foi a suspensão imediata de cadastramento de mais empresas de aplicativos no sistema e das autorizações de motoristas que atuam no setor. Até lá, o Executivo vai regulamentar a atividade das empresas e motoristas de aplicativo.
“Do jeito que está não dá. Através das discussões que temos feito com os representantes das empresas chegamos a um limite prudencial: é necessário que se tenha cinco veículos por aplicativo para cada mil habitantes e uma empresa (plataforma) para cada grupo de 1000 mil habitantes. A intenção é enxugar ao máximo e chegar a um total de 2.500 motoristas de aplicativo cadastrados”, argumentou.
A opinião sobre a limitação do número de empresas e motoristas de aplicativo já é consenso, pois além deles, é necessário lembrar que existem na praça de Porto Velo 750 mototaxistas, 750 taxistas convencionais e as empresas de ônibus que operam de forma precária. De acordo com os vereadores Marcelo Reis e Edwilson, diminuir a oferta de empresas e motoristas de aplicativos é necessário para que a nova empresa de ônibus opere sem problemas.
Segundo eles, Porto Velho possui atualmente 110 mil passageiros e a nova empresa que operar o sistema terá dificuldades caso enfrente a concorrência desleal. “Foi essa quantidade de aplicativos que causou, inclusive a demissão de mais de 200 trabalhadores do Consórcio SIM. Com a mudança, esperamos garantir a recontratação desses trabalhadores e organizar de vez o sistema de transporte da capital”, finalizou Marcelo Reis.
Fonte: VIA RONDÔNIA
Publicada em 25 de February de 2019 às 08:14