Dois grupos de agentes penitenciários, um operacional que cuida da guarda dos apenados e outro, de agentes de saúde, que reúne enfermeiros, odontólogos, técnicos em enfermagem, assistente social e médico, se reuniram na segunda-feira com o candidato ao governo Expedito Junior para manifestar apoio à sua candidatura. Os dois grupos disseram que representam pelo menos 70% de todos os agentes penitenciários.
Expedito, que já tinha-os recebido no primeiro turno, reafirmou compromissos de avançar nas reivindicações da categoria. Os agentes se mostraram revoltados com o ex-secretário de Justiça e atual adversário de Expedito, o coronel Rocha, pela forma de gestão implantada que segundo alguns, “destruiu” a pasta.
Expedito abordou pontos que considera fundamental para a Secretaria, como desenvolver uma forma de fazer o preso trabalhar num modelo de prisão indústria, o qual pretende construir juntamente com os agentes e disse também que o novo secretário da Justiça sairá do quadro dos próprios servidores da pasta. As reivindicações serão debatidas diretamente com ele na condição de governador.
A revolta com o ex-secretário faz sentido se considerar que, apesar do suposto conhecimento do sistema prisional que diz ter, seu plano de governo faz menção a apenas duas referências genéricas incluídas no campo da segurança pública. Diz que irá introduzir um “novo modelo de gestão prisional, de forma a separar especialmente as lideranças do crime organizado e, fomentar e padronizar os serviços de inteligência nas polícias e sistema penitenciário”, medidas simplistas, que teve oportunidade de implanta-las e não as fez.
A própria proposta para a segurança pública é manipulada para parecer mais consistente. Aparentemente é composta de 18 itens que na verdade são 11. Isso porque, do item 2, segue direto para o item 10, ‘engolindo’ oito supostas propostas.
Fonte: Assessoria
Publicada em 17 de October de 2018 às 08:01