
O que se sabe sobre o caso é que, Raíssa a vítima, teve um relacionamento amoroso com uma das suspeitas do crime, uma das linhas de investigação da polícia aponta para ciúmes como causa do homicídio.
A ex-namorada de Raíssa já havia sido apreendida por roubo e a outra suspeita já havia respondido a um ato infracional por tentativa de homicídio.
As duas garotas, segundo a polícia, agrediram a vítima com socos e pontapés, deram golpes de faca, e tentaram afogá-la no mar. As jovens, que têm 15 anos, ainda registraram as agressões com o celular e publicaram as imagens nas redes sociais.
De acordo com o pai de Raíssa, ela havia tido um relacionamento amoroso com uma das suspeitas. A relação era desaprovada pela família. “Não pelo fato de ser minha filha namorando com uma menina. Se fosse uma outra menina, uma pessoa de bem, não teria problema nenhum, mas pelo fato de caráter da pessoa”, conta.
Segundo o delegado Álvaro Muniz, a dupla apreendida tem registros de tentativa de homicídio e roubo. "Uma delas já afirmou que respondeu a um ato infracional de tentativa de homicídio. Ela estava na Funase [Fundação de Atendimento Socioeducativo] e conseguiu escapar, estava foragida. A outra, que estava mantendo contato íntimo com a vítima, já foi apreendida pela prática do crime de roubo", diz.
O pai de Raíssa conta que a ex-namorada da filha já havia apresentado problemas. "Ela já tinha um histórico de vivência na rua, de coisas desagradáveis que a rua ensina. Depois de um tempo, a minha filha percebeu e queria largar essa menina acusada [do crime]. Conheceu um garoto bom, sem envolvimento com coisas erradas e passou a namorar com ele, porém a outra continuava ameaçando. Foi aí onde veio a parte psicopata", afirma o pai.
Segundo o delegado Álvaro Muniz, responsável pela investigação do caso, a Polícia Civil soube, inicialmente, que a jovem morta e a ex-namorada haviam marcado um encontro. "A vítima teria pedido para marcar um encontro quando chega a outra adolescente e passa a agredi-la fisicamente. Essa seria a atual companheira [da jovem que filma]", conta.
As duas jovens apreendidas foram encaminhadas a uma unidade da Funase, onde são mantidas em alojamentos separados.
No local, elas podem permanecer por até 45 dias, à espera da sentença da Justiça, como prevê a legislação. Nesse período, ambas serão acompanhadas por técnicos e serão inseridas em atividades pedagógicas com o intuito de prepará-las para um eventual cumprimento de medida socioeducativa de internação e reintegração social. Essa medida pode durar até três anos.
Fonte: G1
Publicada em 27 de June de 2019 às 15:54