Presidente da ASCOPETRO rebate acusações de cartel e detalha desafios do setor de combustíveis em Porto Velho

Cleibson Carvalho esclarece custos e desafios enfrentados pelos proprietários de postos de combustíveis

Em resposta às acusações de formação de cartel entre empresários de postos de combustíveis, o presidente da ASCOPETRO (Associação dos Revendedores de Combustíveis de Porto Velho), Cleibson Carvalho da Silva, apresentou um panorama detalhado sobre a estrutura de custos e despesas do setor. Durante entrevista, Cleibson destacou que, apesar dos preços praticados, muitos empresários enfrentam dificuldades financeiras, chegando a operar no vermelho para manter o atendimento à população.

Com quase 110 postos abertos, à reoresentante ASCOPETRO em Porto Velho, a associação tem como missão orientar e defender seus membros, além de representá-los perante órgãos fiscalizadores. Segundo Cleibson, é fundamental que a sociedade compreenda os custos operacionais do setor e os desafios impostos pela alta carga tributária e pelas exigências regulatórias.

Estrutura de Custos e Lucros
Cleibson apresentou dados detalhados sobre os custos e margens de lucro do setor, destacando as principais despesas envolvidas na operação de um posto de combustíveis. Por exemplo:

Gasolina Comum: O preço de custo é R$ 6,04 por litro, vendido a R$ 6,99, gerando um lucro bruto de R$ 0,95 por litro, equivalente a 15,73%.
Álcool: Com preço de custo de R$ 4,36 e venda a R$ 5,24, a margem bruta é de 20,18%, mas o volume de vendas é significativamente menor.
Diesel S10: Vendido com margem de apenas 9,47%, exemplifica a baixa lucratividade em comparação aos custos operacionais.
Além disso, Cleibson ressaltou que despesas como salários, encargos trabalhistas, impostos, taxas regulatórias, manutenção e aluguel consomem grande parte da receita bruta.

Desafios do Setor
Entre os principais desafios mencionados estão a alta incidência de tributos, como e ICMS, IRPJ, CSL e os custos com regulamentações obrigatórias, como monitoramento ambiental e manutenção de equipamentos. Somam-se a isso as despesas fixas com salários de frentistas, gerentes e outros colaboradores, além de encargos trabalhistas e previdenciários.

“Apesar das margens aparentes, quando olhamos para o balanço final, muitos postos enfrentam dificuldades para fechar no azul. Os proprietários continuam operando em respeito à população e ao compromisso com a oferta de combustíveis na cidade”, afirmou Cleibson.

Transparência e Defesa do Setor
Cleibson enfatizou que todas as informações estão disponíveis para auditorias e fiscalização, reforçando o compromisso com a transparência. Ele também reiterou que a ASCOPETRO segue empenhada em promover boas práticas e defender os interesses legítimos de seus associados.

“Queremos desmistificar a ideia de cartel e mostrar que o setor enfrenta enormes desafios para se manter ativo. Nossa prioridade é garantir a sustentabilidade dos negócios e o atendimento à população de Porto Velho”, concluiu o presidente da ASCOPETRO.

A associação continuará dialogando com as autoridades e a sociedade para buscar soluções que promovam a competitividade e a sustentabilidade do setor de combustíveis na capital.