Rondônia ocupa a 8ª posição no ranking nacional de produção de mel de abelha

Rondônia ocupa a 8ª posição no ranking nacional de produção de mel de abelha

O mel de abelha é utilizado pelo homem como alimento desde os primórdios. O sabor e a doçura do mel colhido das colmeias conquistaram o paladar do homem. No princípio, os coletores extraiam o mel de forma predatória, causando danos ao ambiente e matando as abelhas. Porém, a coleta foi aprimorada e evoluiu para instalação e racionalização do manejo das colmeias, surgindo a apicultura. Hoje em dia, a atividade é muito rentável e possui um mercado em ascensão no país e principalmente em Rondônia.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, o Estado de Rondônia produziu aproximadamente 98 toneladas de mel de abelha, o que representa de 0,21% da produção nacional. Segundo a Associação Brasileira de Exportadores de Mel (Abemel), Rondônia ocupa a 8ª posição no ranking nacional, com produção de 84,7 t/ano (IBGE, 2016), com faturamento aproximado de R$ 2,5 milhões/ano, com apenas 395 apicultores, conforme informações da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater Rondônia).

Os 13 maiores produtores de mel de abelha do Estado são: Cacoal, Vilhena, Rolim de Moura, Jaru, Novo Horizonte do Oeste, Alto Alegre dos Parecis, Espigão D’Oeste, Cerejeiras, Pimenta Bueno, Alta Floresta D’Oeste, Porto Velho, Colorado do Oeste e Nova Brasilândia D’Oeste.

Os principais produtores estaduais registrados com certificação sanitária do Programa de Verticalização da Agricultura Familiar (Prove) são os municípios de Vilhena, Cacoal, Rolim de Moura e Alta Floresta do Oeste, esses municípios tiveram sua produção ampliada nos últimos cinco anos. Pimenta Bueno, Alto Alegre dos Parecis e Nova Brasilândia D’Oeste também tiveram uma considerada evolução na produção. Os demais municípios citados tiveram sua produção estabilizada no período analisado, conforme mostra nos gráficos 1 e 2, produzidos pela equipe Agrodados da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri).

“A atividade é notadamente da agricultura familiar, visto não ocupar grandes áreas de produção, ser de fácil manejo, baixo investimento e ainda há possibilidade de praticar a apicultura migratória (remanejamento do apiário de acordo com a florada). Além de todas essas vantagens, para a agricultura familiar a apicultura tem taxa de retorno rápida, em torno de um ano e meio acontece a primeira coleta, podendo chegar a duas ou três safras por ano, sendo uma atividade saudável dentro no mercado”, diz o coordenador da Cafamiliar-Seagri, Victor Paiva.

O maior produtor mundial é a China, com 502.614 t/ano, seguida de perto pela União Europeia e Turquia. Entretanto, para o mercado interno há custos elevados de produção do mel europeu, chegando a mais de cinco euros, por isso o produto é importado com custos por volta de 2,5 euros. Esse fato aquece o mercado de exportações dos produtos melíferos, visto que o consumo interno do europeu é 1,5 kg per capita/ano, 15 vezes maior que o consumo do brasileiro, gira em torno de 100 g per capita/ano.

Conforme pesquisa do IBGE (2017) a produção melífera no Brasil é de aproximadamente 41,5 mil t/ano, colocando o Brasil como 6º maior produtor mundial de mel, ficando atrás dos países como China, Estados Unidos (EUA), Argentina, México e Canadá.

No cenário nacional, o Estado do Rio Grande do Sul se destaca como maior produtor, com uma produção de 8,5 mil t/ano, equivalendo a 487 mil caixas, com percentual de 22,6% das colmeias brasileiras, com cerca de 37 mil apicultores, exportando para 14 países, tendo os EUA como maior comprador, gerando uma receita aproximada de R$ 11,9 milhões por ano. O mercado interno está avaliado aproximadamente em 360 milhões de dólares, com crescimento de 4,5% nos últimos 10 anos, de acordo com a Confederação Brasileira de Apicultores (CBA).

Os produtos e subprodutos do mercado são: mel, cera, pólen, geleia real, rainhas, polinização e apitoxina (substância venenosa encontrada no ferrão das abelhas do gênero Apis), com muitas utilidades farmacêuticas e cosméticas, inclusive existem pesquisas acadêmicas onde para verificar a eficácia desta substância no combate à bactérias resistentes e também às complicações ocasionadas pelo coronavírus Sars-COV-2, causador da Covid-19.

“O Governo de Rondônia tem investido fortemente em assistência técnica e orientação dirigida, com o intuito de incentivar os produtores a continuarem com a cultura e fortalecer a cadeia produtiva no Estado, motivando a geração de empregos e aumento da economia”, informou o secretário da Seagri, Evandro Padovani.

Fonte: SECOM
Publicada em 20 de novembro de 2020 às 08:36

 

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