"Rondônia mudou, e o zoneamento precisa acompanhar essa nova realidade", afirma deputado Ismael Crispin durante audiência

O presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Rondônia, o deputado Ismael Crispin, foi direto durante a audiência pública realizada em Nova Mamoré: “Rondônia mudou. A produção cresceu, os desafios ambientais aumentaram, e o zoneamento precisa acompanhar essa nova realidade para garantir segurança a quem planta, a quem preserva e a quem investe.”

A declaração resume a importância da atualização do Zoneamento Socioeconômico-Ecológico (ZSEE) do estado, que vem sendo debatida em diversas regiões. A próxima audiência pública está marcada para esta quinta-feira (12), às 19h, no Centro Cultural de Pimenta Bueno.

Durante a audiência em Nova Mamoré, a engenheira florestal Débora Rosa apresentou dados técnicos e econômicos que reforçam a urgência de atualizar o zoneamento. Segundo ela, o estado passou por profundas transformações nas últimas duas décadas. “Em 2000, tínhamos uma realidade de uso e ocupação da terra muito diferente. Hoje, Rondônia ampliou sua base produtiva e se destaca nacional e internacionalmente na agropecuária e na agricultura”, explicou.



Débora destacou que o zoneamento não afeta apenas a zona rural. “Quando se atualiza essa ferramenta de gestão, há impacto direto também na zona urbana. Mais produção no campo significa mais indústrias, serviços e empregos nos municípios”, pontuou.

O crescimento é visível em todas as frentes: o rebanho bovino triplicou, saltando de 6 milhões para 17 milhões de cabeças em 2022. A produção de grãos segue em ritmo acelerado — soja, milho e arroz cresceram cerca de 9% na última safra. O café também teve um salto expressivo, passando de 85 mil toneladas em 2012 para 224 mil em 2022, com exportações para países como Alemanha, Bélgica e Vietnã.

Outro destaque é a piscicultura: Rondônia é um dos maiores produtores de tambaqui do Brasil, com 68 mil toneladas registradas apenas em 2019. O plantio de florestas comerciais, como pinos e eucalipto, já ocupa mais de 12 mil hectares no estado.

“Esses dados mostram que Rondônia é diversa, produtiva e estratégica para o Brasil. O zoneamento precisa refletir essa realidade para garantir desenvolvimento com responsabilidade”, reforçou Débora.

Ismael Crispin lembrou ainda que o estado já conta com estudos técnicos realizados entre 2015 e 2018, que resultaram em um projeto de lei complementar protocolado em 2020. “O trabalho técnico está pronto. Agora é a hora de ouvir a população e transformar esse conhecimento em uma política pública eficiente, que promova justiça para quem vive no campo e segurança jurídica para todos”, concluiu.

Fonte: ALE/RO
Publicada em 10 de June de 2025 às 08:20

 

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