Rolim intensifica campanha de vacinação contra HPV nas escolas

Rolim intensifica campanha de vacinação contra HPV nas escolas

Muitas pessoas não sabem, mas já existe uma vacina que pode evitar diversos
tipos de câncer: ânus, pênis, colo de útero, vulva e orofaringe (garganta – área
em que vem aumentando a incidência de tumores no mundo todo, inclusive no
Brasil). Existem mais de 200 tipos de HPV, mas nem todo vírus do HPV é ruim.
Há quatro muito perigosos. E temos duas vacinas, a bivalente e a
quadrivalente, que cobre quatro subtipos perigosos: 6, 11, 16 e 18.

Com objetivo de ter gerações livres da doença, a Prefeitura de Rolim de Moura
(RO), por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SEMUSA), intensificou a
campanha de vacinação contra o HPV. A imunização é destinada para meninas
de 09 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos de idade.

A enfermeira Janaina Travassos Loose, do núcleo de vigilância epidemiológica
da Semusa, explica que a vacina contra o HPV é a medida mais eficaz para
prevenção contra a infeção. A vacina é distribuída gratuitamente. “O medo e a
falta de informação e de incentivo dos pais estão entre os motivos da baixa
procura pela vacina. Mas estamos orientando a importância da vacina e os
benefícios”, destacou.

Maiores informações poderão ser obtidas com o Agente Comunitário de Saúde
do seu bairro ou na Unidade Básica de Saúde (UBS), mais próxima de sua
residência.

 SAIBA MAIS:

HPV: o que é causas, sintomas, tratamento, diagnóstico e prevenção

O que é HPV
O HPV (sigla em inglês para Papilomavírus Humano) é um vírus que infecta
pele ou mucosas (oral, genital ou anal), tanto de homens quanto de mulheres,
provocando verrugas anogenitais (região genital e no ânus) e câncer, a
depender do tipo de vírus. A infecção pelo HPV é uma Infecção Sexualmente
Transmissível (IST).
Sinais e Sintomas
A infecção pelo HPV não apresenta sintomas na maioria das pessoas. Em
alguns casos, o HPV pode ficar latente de meses a anos, sem manifestar sinais
(visíveis a olho nu), ou apresentar manifestações subclínicas (não visíveis a
olho nu).
A diminuição da resistência do organismo pode desencadear a multiplicação do
HPV e, consequentemente, provocar o aparecimento de lesões. A maioria das
infecções em mulheres (sobretudo em adolescentes) tem resolução
espontânea, pelo próprio organismo,  em um período aproximado de até 24
meses.
As primeiras manifestações da infecção pelo HPV surgem entre,
aproximadamente, 2 a 8 meses, mas pode demorar até 20 anos para aparecer
algum sinal da infecção. As manifestações costumam ser mais comuns em
gestantes e em pessoas com imunidade baixa.
Lesões clínicas: se apresentam como verrugas na região genital e no ânus
(denominadas tecnicamente de condilomas acuminados e popularmente
conhecidas como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista"). Podem ser
únicas ou múltiplas, de tamanhos variáveis, achatadas ou papulosas (elevadas
e solidas). Em geral, são assintomáticas, mas podem causar coceira no local.
Essas verrugas, geralmente, são causadas por tipos de HPV não
cancerígenos.
Lesões subclínicas (não visíveis ao olho nu): podem ser encontradas nos
mesmos locais das lesões clínicas e não apresentam sinal/sintoma. As lesões
subclinas podem ser causadas por tipos de HPV de baixo e de alto risco para
desenvolver câncer.
Podem acometer vulva, vagina, colo do útero, região perianal, ânus, pênis
(geralmente na glande), bolsa escrotal e/ou região pubiana. Menos
frequentemente, podem estar presentes em áreas extragenitais, como
conjuntivas, mucosa nasal, oral e laríngea.
Mais raramente, crianças que foram infectadas no momento do parto podem
desenvolver lesões verrucosas nas cordas vocais e laringe (Papilomatose
Respiratória Recorrente).

Tratamento
O tratamento das verrugas anogenitais (região genital e no ânus) consiste na
destruição das lesões. Independente de realizar o tratamento, as lesões podem
desaparecer, permanecer inalteradas ou aumentar em número e/ou volume.
Sobre o tratamento:
Deve ser individualizado, considerando características (extensão, quantidade e
localização) das lesões, disponibilidade de recursos e efeitos adversos.
São químicos, cirúrgicos e estimuladores da imunidade.
Podem ser domiciliares (autoaplicados: imiquimode, podofilotoxina) ou
ambulatoriais (aplicado no serviço de saúde: ácido tricloroacético - ATA,
podofilina, eletrocauterização, exérese cirúrgica e crioterapia), conforme
indicação profissional para cada caso.
Podofilina e imiquimode não deve ser usada na gestação.
Pessoas com imunodeficiência - as recomendações de tratamento do HPV são
as mesmas para pessoas com imunodeficiência, como pessoas vivendo com
HIV e transplantadas. Porém, nesse caso, o paciente requer acompahamento
mais atento, já que pessoas com imunodeficiência tendem a apresentar pior
resposta ao tratamento. O tratamento das verrugas anogenitais não eliminam o
vírus, por isso as lesões podem reaparecer. As pessoas infectadas e suas
parcerias devem retornar ao serviço, caso identifique novas lesões.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico do HPV é atualmente realizado por meio de exames clínicos e
laboratoriais, dependendo do tipo de lesão, se clínica ou subclínica.
Lesões clínicas: podem ser diagnosticadas, por meio do exame clínico
urológico (pênis), ginecológico (vulva/vagina/colo uterino) e dermatológico
(pele).
Lesões subclínicas: podem ser diagnosticadas por exames laboratoriais, como:
o exame preventivo Papanicolaou (citopatologia), colposcopia, peniscopia e
anuscopia, e também por meio de biopsias e histopatologia para distinguir as
lesões benignas das malignas.
PREVENÇÃO
Vacina contra o HPV: é a medida mais eficaz para prevenção contra a infeção.
A vacina é distribuída gratuitamente pelo SUS e é indicada para:
Meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos;
Pessoas que vivem HIV;

Pessoas transplantadas na faixa etária de 9 a 26 anos;
Mas, ressalta-se que a vacina não é um tratamento, não sendo eficaz contra
infecções ou lesões por HPV já existentes.
Exame preventivo contra o HPV: o papanicolau é um exame ginecológico
preventivo mais comum para identificar de lesões precursoras do câncer do
colo do útero. Esse exame ajuda a detectar células anormais no revestimento
do colo do útero, que podem ser tratadas antes de se tornarem câncer. O
exame não é capaz de diagnosticar a presença do vírus, no entanto, é
considerado o melhor método para detectar câncer de colo do útero e suas
lesões precursoras.
Quando essas alterações que antecedem o câncer são identificadas e tratadas,
é possível prevenir 100% dos casos, por isso é muito importante que as
mulheres façam o exame de Papanicolaou regularmente.
Preservativo: o uso do preservativo (camisinha) masculino ou feminino nas
relações sexuais é outra importante forma de prevenção do HPV. Contudo, seu
uso, apesar de prevenir a maioria das IST, não impede totalmente a infecção
pelo HPV, pois, frequentemente as lesões estão presentes em áreas não
protegidas pela camisinha (vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal). A
camisinha feminina, que cobre também a vulva, evita mais eficazmente o
contágio se utilizada desde o início da relação sexual.

EPIDEMIOLOGIA
O câncer do colo do útero está associado à infecção persistente por subtipos
oncogênicos do vírus HPV (Papilomavírus Humano), especialmente o HPV-16
e o HPV-18, responsáveis por cerca de 70% dos cânceres cervicais.

 

Fonte: Secom - Governo RO
Publicada em 10 de April de 2019 às 17:37

 

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