Até o dia anterior da eleição, pouca ou quase ninguém poderia acreditar na ascensão meteórica dos candidatos Marcos Rogério e Marcos Rocha. Marcos Rogério (DEM) conseguiu não apenas uma das badaladas vagas ao Senado como também se elegeu com uma grande margem de voto batendo o todo poderoso Confúcio Moura, até então visto como o “estufa urna” da eleição.
Do outro lado, Marcos Rocha (PSL) surpreendeu ao vencer o poderio econômico do candidato Maurão de Carvalho (MDB) já dado como certo para a segunda vaga no segundo turno com Expedito Júnior (PSDB). Expedito foi o único que não decepcionou ou surpreendeu, pois sabia-se que chegaria à segunda fase das eleições porque vem trabalhando em sua campanha eleitoral há quatro anos.
A diferença entre Expedito Júnior é Marcos Rocha é de aproximadamente 60 mil votos, o que parece muito para um Estado que não possui muitos eleitores comparados a outros estados do Sul e Sudeste. Mas política é assim: Marcos Rocha pode protagonizar uma virada política histórica porque simboliza a mudança. A mesma mudança de seu líder maior, Jair Bolsonaro que está há um passo de se tornar presidente da República.
Quanto a Expedito Júnior, o fantasma do segundo turno é algo que incomoda. Na eleição passada, Expedito já estava praticamente eleito, quando na reta final do segundo turno, abandonado por apoiadores e prefeitos e dinheiro para custear sua campanha nos municípios acabou perdendo a disputa para Confúcio Moura. O problema hoje não é apoio, nem dinheiro, mas sim a onda de mudanças que quer “caras novas” na política.
Fonte: Rubson Luiz
Publicada em 08 de October de 2018 às 09:43