O governo do presidente Abd Rabbo Mansur Hadi, reconhecido pela comunidade internacional, e os rebeldes xiitas Huthis iniciaram na semana passada na Suécia discussões visando retomar o diálogo interrompido em 2016.
Todas as tentativas para acabar com a guerra, iniciada em 2014 e que já causou pelo menos 16.000 mortos, falharam até agora, enquanto a situação humanitária do Iémen se degrada dia a dia.
Os rebeldes anunciaram ter trocado com o Governo uma lista de cerca de 15.000 prisioneiros dos dois campos. Uma fonte governamental iemenita indicou ter apresentado o nome de 8.200 prisioneiros.
As duas partes deverão aprovar a lista no prazo de duas semanas, segundo a televisão dos rebeldes, Al-Masirah, e terão 45 dias -- a partir de uma data ainda não determinada -- para realizar a troca.
Os prisioneiros serão transferidos através dos aeroportos de Seyoun (centro), controlado pelo governo, e de Sanaa, a capital controlada pelos rebeldes.
O Comité Internacional da Cruz Vermelha confirmou que supervisionará a troca.
As imagens da devastação provocado pelos ataques aéreos da coligação internacional conduzida pela Arábia Saudita, que apoia o governo desde 2015, e as da crise humanitária terão convencido as grandes potências da necessidade de acelerar uma resolução do conflito.
A ONU disse na segunda-feira estar a tentar conseguir 4.000 milhões de dólares (3.515 milhões de euros) para fornecer em 2019 ajuda a cerca de 20 milhões de iemenitas, à volta de 70% da população.
Cada ano a ONU precisa de mais mil milhões, lamentou o secretário-geral adjunto da ONU para os Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, adiantando que por iniciativa da Suécia, da Suíça e da ONU está prevista uma conferência de doadores para 26 de fevereiro em Genebra.
Fonte: mundo em um minuto
Publicada em 11 de December de 2018 às 10:07