Segundo a deputada, a proposta é reunir representantes de várias entidades,
A proposta é que o grupo seja composto por representantes da ANTAQ, dos Ministérios
de Portos e Aeroportos e dos Transportes, além de governos e entidades de Rondônia e
Amazonas, como a Federação das Indústrias de Rondônia (FIERO), a Federação do
Comércio (FECOMÉRCIO), ribeirinhos, pescadores, representantes do agronegócio e
outros setores que possam contribuir com informações valiosas para o aprimoramento
do projeto
Na última quarta-feira (09), a Deputada Federal Cristiane Lopes esteve em
Brasília para uma reunião com o Diretor-Geral da Agência Nacional de
Transportes Aquaviários (ANTAQ), Eduardo Nery Machado Filho, onde discutiu
pontos sobre a privatização da Hidrovia do Rio Madeira. Após a reunião, a
deputada protocolou um ofício sugerindo a criação de um Grupo de Trabalho
(GT) para discutir a licitação da concessão que envolve um trecho de 1.075 km
entre Porto Velho (RO) e a foz do rio.
Segundo a deputada, a proposta é reunir representantes de várias entidades,
desde órgãos governamentais até setores da sociedade civil, com o objetivo de
aprimorar os estudos técnicos e jurídicos antes de o projeto seguir adiante.
"Sabemos da importância estratégica da Hidrovia do Rio Madeira para o
progresso da nossa região, mas muitas dúvidas ainda precisam ser
esclarecidas antes de avançarmos com esse processo de privatização.
A população, os produtores e toda a cadeia produtiva merecem saber os detalhes
e as possíveis consequências dessa decisão."
Essa hidrovia, uma das mais importantes do Arco Norte, desempenha papel
estratégico no transporte fluvial de produtos agropecuários, minerais,
industriais, além de alimentos, combustíveis e insumos, abrangendo diversos
estados da região, como Rondônia, Acre, Mato Grosso, Tocantins, Amazonas e
Pará.
Cristiane Lopes defende que, por ser o primeiro leilão de concessão de uma
hidrovia no Brasil, é essencial ter cautela para evitar erros que possam
prejudicar o desenvolvimento da região. A Hidrovia do Madeira é estratégica
para Rondônia e o Arco Norte, uma região que inclui outros estados como
Acre, Mato Grosso, Tocantins, Amazonas e Pará. “A hidrovia é fundamental
para o escoamento de grãos, transporte de passageiros, exportação e
importação de produtos, além de atividades como pesca, turismo e garimpo”,
informa.
A criação do grupo de trabalho permitiria que todas as dúvidas sobre o projeto
fossem discutidas com a participação de especialistas, representantes do setor
produtivo, ribeirinhos e pescadores. "Nós não podemos errar neste projeto, pois
ele envolve setores essenciais para a economia de Rondônia e toda a região
Norte", disse a deputada.
A parlamentar levantou várias questões que ainda precisam ser debatidas e
que afetam diretamente a população e os empresários que dependem do Rio
Madeira, como o custo do frete, as taxas para navegação, os investimentos na
navegabilidade, melhorias nas comunidades ribeirinhas entre outros pontos
que precisam ser discutidos antes que a concessão seja concretizada, para
evitar que o modelo traga mais problemas no futuro, como falta de investimento
ou gestão ineficiente.
Cristiane destacou que os problemas de estiagem e a falta de dragagem já
prejudicaram a economia de Rondônia neste ano, com o fechamento do porto,
o que isolou o estado e atrapalhou a cadeia produtiva.
“A concessão do Madeira pode ser um marco para o desenvolvimento da
região, mas é fundamental garantir que tudo seja bem planejado e discutido
com transparência. Estou comprometida ao assegurar que a população tenha
voz nesse processo e que todos os impactos sejam considerados antes de
qualquer decisão”.
Esse é um momento de união entre diferentes setores para garantir que o
futuro da hidrovia seja promissor, tanto para o estado de Rondônia quanto para
o Brasil e a atuação da Deputada Cristiane Lopes será essencial para garantir
que o processo ocorra de forma transparente e responsável.
Fonte: Assessoria
Publicada em 14 de October de 2024 às 15:15