
A BR-319 completou esta semana 43 anos de criação e ninguém, nem mesmo a imprensa do Estado, que dirá seus dirigentes estaduais, municipais e o segmento produtivo lembrou da rodovia, que mais uma vez parece ter caído no esquecimento. As obras andam a passos de tartaruga e, não há prazo para que ela seja reaberta para que Porto Velho e Manaus possam novamente se interligar por via terrestre sem dificuldades.
O maior entrave para o asfaltamento completo da rodovia é o licenciamento ambiental para a pavimentação de um traçado que já existe, de Manaus a Porto Velho, e que é explorado por muitos que se aventuram na estrada deserta durante boa parte do ano. Pelo lado rondoniense três caravanas foram feitas demonstrando a situação in loco da rodovia e sua necessidade para o incremento do turismo e a economia da região.
Porém, a situação não passou disso. Os empresários rondonienses reclamam, mas pouco fazem para se engajarem na luta pela estrada. O mesmo não acontece do lado amazonense que possui até uma associação criada especificamente para esse objetivo. Os políticos amazonenses discutem o tema semanalmente em Brasília e na Assembleia Legislativa e demonstram muito mais interesse e conhecimento da situação que os Rondonienses.
Quando esteve no início de fevereiro deste ano em Rondônia, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas, garantiu que o governo já tem orçamento de R$ 100 milhões para iniciar os trabalhos na BR-319. A bancada parlamentar federal do Amazonas já sugeriu que o governo de Jair Bolsonaro (PSL) repasse os recursos necessários aos estados para que toquem a obra. O ministro ficou de estudar essa ideia, mas até agora não deu retorno.
É preciso reforçar que o desenvolvimento de Rondônia nos próximos anos dependerá muito da conclusão da rodovia, pois o Amazonas possui uma população bem maior que a nossa e disposta a comprar a nossa produção agrícola, peixe e carne, já que sua produção agrícola não é tão generosa. Sem contar a abertura de uma rota que dará acesso ao turismo via caribe, a partir do Amazonas. Os dois estados estão perdendo muito dinheiro com a estrada fechada.
Em tempo: você sabia que a BR-319 foi batizada de Álvaro Maia, em homenagem ao ex-governador do Amazonas, que aliás é nome de uma rua de Porto Velho, no bairro Olaria?
Fonte: Viarondonia
Publicada em 29 de March de 2019 às 09:08