O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, minimizou na manhã desta sexta-feira (5) o apoio de tucanos à candidatura de Jair Bolsonaro (PSL) já no primeiro turno.
O ex-governador de São Paulo afirmou que faz parte do jogo político o fato de correligionários de um partido com nome na disputa declararem apoio a um outro concorrente mais bem posicionado na corrida eleitoral. É justamente o que ocorre entre tucanos. No início da semana, Xico Graziano, um dos fundadores do PSDB, desfiliou-se do partido e declarou apoio a Bolsonaro.
Na quinta-feira (4), prefeitos de partidos da base de Alckmin declararam apoio ao candidato do PSL, líder nas pesquisas, em uma carta assinada por 15 políticos e entregue a Bolsonaro pelo prefeito tucano de Glicério (SP), Hildo Gaúcho.Também nesta semana jovens do partido criaram um grupo nas redes sociais chamado "tucanos com Bolsonaro".
Para Alckmin, situações como essa são comuns na política e não significariam um desembarque em massa de sua candidatura. Ele afirmou, contudo, que o cenário com tantos partidos só reforçaria a necessidade de se fazer uma reforma política no país.
"Com relação a manifestações, é algo normal. Eu também recebi essa última semana apoio de dois governadores que não são do meu partido. O governador de Santa Catarina, Eduardo Pinho Moreira, do MDB, que declarou apoio e gravou [para a campanha] e o governador do Espírito Santo, Paulo Hartung, três vezes governador pelo MDB", disse Alckmin, que participou de uma caminhada na Ceasa do Rio.
O tucano afirmou que 20% dos eleitores ainda não têm candidato definido e ressaltou que mesmo há dois dias da eleição o país ainda busca uma terceira via, alternativa à polarização entre Bolsonaro e o candidato do PT, Fernando Haddad.
Fonte: Mundo ao Minuto
Publicada em 05 de October de 2018 às 10:35