O Comando Geral da Polícia Militar em Rondônia publicou no Diário Oficial do Estado esta semana a Portaria nº 5092/2019/PM-CORREGDCORR, para apurar e punir o 3º sargento Moisés Ferreira de Souza, 49 anos, acusado de envolvimento em um grupo de extermínio no Estado do Mato Grosso, conhecidos por “Encapuzados”.
O ex-policial militar de Rondônia é o suposto chefe do grupo de pistoleiros que matou nove pessoas, na Gleba Taquaruçú do Norte, em Colniza, a 1.065 km de Cuiabá (MT), no dia 19 de abril de 2017, conforme a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp). Ele foi preso pela força tática da polícia do Mato Grosso (MT), mês após a chacina.
Ao instaurar o procedimento, o comandante geral da PM-RO, Mauro Ronaldo Flores, listou a folha corrida de acusações e confusões em que estaria metido o policial da reserva, considerando os eventos como de grave violação da ética policial militar atentatório ao decoro da classe. Ele vai enfrentar duas graves acusações de homicídio e constituição de milícia privada.
O 1º fato narrado na peça de acusação contra o policial cita a ocorrência do dia 3 de fevereiro de 2016, quando Moises foi preso em Cujubim (região de Ariquemes), em uma fazenda, em companhia de outros jagunços portando submetralhadora, escopetas, revólver, espingardas, coletes balísticos, balas clavas, fardas camufladas, pares de coturno preto, além de vasta munição.
Moisés conseguiu fugir do cerco e trocou tiros com a guarnição militar, sendo preso em 2017. Por esta tentativa de homicídio ele já foi condenado a mais de 7 anos de prisão pela Justiça de Rondônia, e mais 24 anos ataques armados a propriedades rurais na região de Ariquemes, por ser contratado por donos de fazenda.
Nesses ataques, a vítima Alysson Henrique de Sá Lopes, sem-terra conhecido na região por ´Bá´, acabou sendo assassinada. A vítima estava em um barraco, quando, foi capturada, dominada, teve as mãos amarradas, foi retirada do local e, no dia seguinte, foi encontrada carbonizada dentro do veículo de seu genitor. Além do policial, vários donos de fazenda já foram julgados e condenados.
Fonte: VIA RONDÔNIA
Publicada em 14 de agosto de 2019 às 16:51