Agricultores de Porto Velho têm acesso às novidades da mandiocultura no Acre

Agricultores de Porto Velho têm acesso às novidades da mandiocultura no Acre

Com a proposta de conhecer as formas de produção, processamento e comercialização da mandioca e seus derivados, com objetivo de agregar valor ao produto, cerca de 25 agricultores familiares da zona rural de Porto Velho, acompanhados de técnicos e pesquisadores, participaram de um intercambio com produtores do Acre, entre os dias 26 e 29 de novembro.

A visita técnica foi coordenada pela Prefeitura de Porto Velho, através da Subsecretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento (Semagric), com parceria da Embrapa, Emater e do Sebrae/RO e AC. A proposta foi a troca de experiência entre os produtores de farinha de ambos os estados.

Na unidade do Sebrae, em Cruzeiro do Sul, os agricultores visitaram a casa de farinha da família de Rosemir Coelho, na comunidade rural do município de Mâncio Lima, onde acompanharam um pouco do dia a dia da produção local da farinheira e trocaram experiência com o agricultor, que produz cerca de 300 sacas de farinhas por ano e vende ao preço de R$ 120.

A parada seguinte foi o auditório do Sebrae Cruzeiro do Sul, onde técnicos da unidade falaram sobre as potencialidades e alternativas da mandioca, prática da fabricação de farinha de mesa e goma, e ainda como é feito o processo de identificação geográfica da farinha da região, que permite mostrar ao restante do país produtos do Norte. Com esse selo, a farinha de Cruzeiro do Sul é mais valorizada e reconhecida.

Para coordenadora de projetos da cadeia de valor da mandiocultura de Cruzeiro de Sul, Muryelle de Souza Nobrega, a farinha produzida no Vale do Juruá apresenta características especiais. “Além da característica cultural, a farinha possui especificidades químicas e físicas, como a quantidade de amido, a crocância e a granulometria, que são características do solo, clima, e da vegetação”, explicou Muryelle.

Um dos destaques do encontro foram os relatos de agricultoras que trabalham com a mandioca. Elas disseram que, depois do reconhecimento da produção da farinha, houve muitos benefícios econômicos e sociais para os agricultores do Vale do Juruá, principalmente no que se refere a valorização do produto no mercado.

Para agricultora Maria de Nazaré Regis Pinto, que mora no Distrito de Calama, no Baixo Madeira, em Porto Velho, essa viagem serviu para agregar conhecimentos a produção feita na capital. “Eu percebi que a nossa produção é bem maior que a de Cruzeiro do Sul, e que nossa farinha, mesmo sem o selo de identificação geográfica, é bem mais valorizada no mercado. No Acre, eles ainda sofrem com a venda do produto aos atravessadores, que lucram cinco vezes mais, nós pulamos o atravessador e conseguimos vender direto nas feiras e comércio”, comentou dona Maria.

O subsecretário da Semagric, Francisco Evaldo de Lima, acompanhou de perto toda visita. Segundo ele, esse intercâmbio da cadeia produtiva da mandiocultura é muito importante. “Nessa visita, obtivemos conhecimento sobre todo o processo feito com os agricultores e observamos que nossa farinha é de excelente qualidade, por isso iremos buscar a nossa identificação geográfica e o selo de qualidade, juntamente com os nossos parceiros, Sebrae, Emater e Embrapa”, finalizou Evaldo.

Em Cruzeiro do Sul a comitiva visitou ainda o mercado municipal, a Cooperativa do Vale do Juruá, e seguiram para o município de Xapuri, onde conheceram a casa de farinha dos Produtores Rurais do Ramal Pinheiro Barreto, que teve o apoio do Governo do Acre e do Governo Federal para estrutura cooperativa. Segundo Nazareno Oliveira Araújo, que é agricultor familiar e presidente da cooperativa, toda produção é feita por encomenda por isso a venda é segura.

De acordo com Nilton César de Souza que é engenheiro agrônomo da Secretaria de Agropecuária do estado do Acre, o governo incentiva os produtores locais, implantando equipamentos nas unidades de processamento da mandioca, e também com o auxílio do preparo do solo, assistência técnica e o plantio mecanizado. “Com padrão tecnificado, bastam oito horas de trabalho por dia para plantar entre 15 e 16 hectares de lavoura, com espaçamentos bem definidos para que o agricultor tenha maior produtividade”, comentou o agrônomo.

A comitiva de viagem foi representada pelos agricultores das Associações, Cafédarc, Asprodarc I, II e III do Assentamento Joana Darc. Do baixo madeira estavam representantes da linha Cujubinzinho, Calama e Demarcação. A cooperativa de extrativismo Caex da Vila da Penha e Representante da Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa de Rondônia.

Fonte: Assessoria 
Publicada em 04 de dezembro de 2018 às 09:37

 

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