Servidores do quadro de enfermagem estadual paralisaram ontem suas atividades durante uma hora em frente ao pronto-socorro João Paulo II, para dar início a um indicativo de greve da categoria por tempo indeterminado. O ato é uma resposta à Secretaria de Estado da Saúde que pretende aumentar o número de plantões, em desrespeito total à legislação, usando o nome do Tribunal de Contas.
O movimento foi encabeçado pelo sindicato da categoria, o Sinderon, que desmentiu os argumentos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) de que os enfermeiros estão se opondo ao ponto eletrônico. “A secretaria está querendo nos jogar contra a população. Trabalhar e cumprir horário nunca foi problema para a enfermagem”, disse o presidente do Sinderon, Charles Alves.
A paralisação de ontem já sinalizou que a categoria pretende encampar a greve e na sexta-feira, uma assembleia deve apenas ratificar essa decisão. “A tendência é de greve. A categoria entendeu que não pode mais ser submetida a uma carga estressante de trabalho, dentro de hospitais insalubres e sem realinhamento salarial há 10 anos. A Sesau sabe das peculiaridades da legislação, mas se faz de desentendida, ressaltou.
O Sinderon está formando a Comissão de Greve e apenas aguardando o decurso do prazo e está aguardando uma audiência com o secretário Fernando Máximus nas próximas 72 horas. Se isso não ocorrer, a próxima semana já inicia com a greve da categoria. “Esperamos que a população compreenda a situação que estamos enfrentando porque estamos buscando melhorias que vão impactar até no funcionamento das unidades”, finalizou Charles.
Fonte: VIA RONDÔNIA
Publicada em 18 de setembro de 2019 às 10:57