O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) começou na manhã desta quarta-feira (24) o julgamento de recursos dos 24 acusados de envolvimento no esquema criminoso que desencadeou a Operação Dominó. Investigações apontam que superfaturamento em folhas de pagamento na Assembleia Legislativa (ALE-RO) desviou mais de R$ 11 milhões em um ano.
Em julho de 2016, a Justiça condenou 16 ex-deputados estaduais e mais nova reus em um desembramento da Operação Dominó. Dos parlamentares, cinco já cumpriam pena. Todos respondem por crime de peculato e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, o desvio do dinheiro, um total de R$ 11 milhões, acontecia nos gabinetes dos deputados investigados. O processo aponta que as folhas de pagamento paralelas continham valores bem acima do recebido por funcionários da Assembleia Legislativa. Muitos deles, segundo a polícia, nem sabiam do esquema criminoso.
Conforme a decisão do juiz da 2ª Vara de Execuções Penais de Porto Velho, o esquema era comandado pelo presidente da ALE-RO na época, Carlão de Oliveira, que recebeu sozinho mais de R$ 1 milhão. O ex-parlamentar chegou a ser preso duas vezes, mas atualmente segue foragido.
Entre os condenados estão o irmão de Carlão, Moisés de Oliveira e a ex-deputada Ellen Ruth. Na época, entre os condenados já estavam presos os ex-deputados Haroldo Santos, João da Muleta, Ronilton Capixaba, Amarildo de Almeida e Daniel Neri, este último cumpria prisão domiciliar por motivos de saúde.
Além deles, outros 17 acusados puderam recorrer em liberdade. Na época, a Polícia Federal investigou o desvio de mais de R$ 70 milhões dos cofres da ALE-RO.
Confira a lista de acusados que terão seus recursos julgados:
Fonte: G1
Publicada em 24 de abril de 2019 às 11:54